Por André Marinho – Os contratos futuros de cobre fecharam em forte alta nesta segunda-feira, impulsionados pelo enfraquecimento do dólar no exterior. A demanda por commodities foi ampliada ainda pelo renovado compromisso da China em apoiar o crédito ao setor imobiliário.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para setembro encerrou a sessão com ganho de 3,46%, a US$ 3,3460 a libra peso. Na London Metal Exchange (LME), por volta das 14h05 (de Brasília), o cobre para três meses avançava 4,46%, a US$ 7.421,00 por tonelada.
A semana começou com expectativas suavização do aperto monetário precificado na curva de juros dos Estados Unidos. Plataforma de monitoramento do CME Group mostra 66,8% de probabilidade de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) aumente a taxa básica em 75 pontos-base na reunião dos próximos dias 27 e 28. Já as chances de uma alta de 100 pontos-base, que vinham crescendo e chegaram a ser majoritária, são de 33,2%.
O cenário impôs pressão ao dólar e deu força a euro, libra e outras moedas. O enfraquecimento da divisa americana tende a favorecer as commodities, ao torna-las mais baratas e, dessa forma, mais atraentes. Assim, o cobre recuperou parte das perdas das semana passada, quando despencou cerca de 8%.
“A perspectiva para os metais dependerá fortemente do desempenho da economia chinesa para o restante do ano, juntamente com quanto estímulo o governo está disposto a injetar na economia para tentar apoiar o crescimento”, explica o ING.
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A Comissão Reguladora de Bancos e Seguros na China informou, em comunicado divulgado hoje, que orientou o setor bancário a fornecer crédito para incorporadores imobiliários que precisem concluir projetos residenciais inacabados. O governo também estudará um plano para preencher futuras lacunas de financiamento para esses projetos.
Entre outros metais negociados na LME, a tonelada do alumínio avançava 4,49%, a US$ 2.431,50; a do chumbo saltava 8,70%, a US$ 1.987,00; a do níquel subia 7,45%, a US$ 20.620,00; a do estanho se valorizava 1,97%, a US$ 24.800,00; a do zinco se elevava 5,05%, a US$ 2.996,00.