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Tranquilidade externa estimula alta do Ibovespa, com subida de 1,58%

Às 11h19, o Ibovespa subia aos 98.081,18 pontos

Tranquilidade externa estimula alta do Ibovespa, com subida de 1,58%
Ações da Petrobras apresentam maior DY do IBRX100. (Foto: Envato Elements)

Por Maria Regina Silva – A melhora no sentimento de investidores em relação à economia norte-americana e novos sinais de apoio do governo chinês à economia daquele país animam os mercados de ações e de commodities. Para completar, o lucro superior às expectativas do Goldman Sachs no segundo trimestre estimula alta das bolsas de Nova York, apesar da queda no lucro do Bank of America no período. Contudo, este último elevou sua receita.

Os números podem ser um prenúncio do que esperar para os resultados de bancos no Brasil, cujas ações têm peso relevante na composição do índice Bovespa.

O Ibovespa tenta defender o nível dos 98 mil pontos, alcançados perto de 10h40, com a ajuda principalmente das commodities. Há grande expectativa para a decisão do banco central chinês sobre as taxas de referência para empréstimo de 1 e 5 anos amanhã à noite, destaca Enrico Cozzolino, head de análise e sócio da Levante Investimentos. A alta em Nova York também ajuda.

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Fora este ‘fator China‘, segundo Cozzolino, não há grandes novidades que levem o índice Bovespa para a marca aquém dos 96 mil 96.551 pontos na sexta ou para muito acima do nível dos 98 mil pontos esta semana. Na anterior, lembra, alguns lucros de bancos dos Estados Unidos frustraram. Hoje, contudo, o do lucro do Goldman Sachs superou as expectativas, enquanto o Bank of America elevou sua receita. “E notícias da China também podem dar um viés otimista nesta semana, mas indicação de juros subindo na Europa BCE traz cautela”, avalia.

Na sexta, o índice Bovespa subiu 0,45% na sexta-feira, mas acumulou queda semanal de 3,73%. Hoje, a alta é sustentada principalmente pela elevação das ações ligadas a matérias-primas. O petróleo sobe quase 5%, enquanto o minério de ferro, em Dalian, teve alta de 2,18%, e subiu 4,52% no porto chinês de Qingdao. Além disso, notícias ligadas diretamente à Vale e à Petrobras ficam no foco.

A alta das bolsas internacionais acontece após o fechamento positivo em Nova York na sexta-feira. Indicadores afastaram, por ora, uma recessão no país, voltando a precificar alta de 0,75 ponto porcentual no juro básico norte-americano, e não mais de um ponto, no Fomc deste mês.

Já a China prometeu mais apoio ao setor imobiliário, num momento em que sua economia ainda tenta se recuperar dos efeitos de recentes surtos de covid-19. A expectativa de mais estímulos de Pequim contribuiu para o fechamento positivo dos mercados asiáticos hoje.

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De acordo com Felipe Paletta, sócio e analista da Monett, a indicação de medidas na China e restabelecimento na ocupação dos portos do país, fechados por conta da política de ‘covi-zero’ do gigante asiático, tendem a gerar perspectivas positivas no curto e médio prazos. “Vimos crescimento das exportações chinesas em junho e importações menores. Talvez isso tenha a ver com o movimento de altas das commodities”, avalia, completando que a política contrário da China, de estimulo ao crescimento ante os EUA, por exemplo, pode favorecer o Brasil.

A despeito da estimativa de valorização do índice Bovespa nesta primeira parte dos negócios, o mercado deve seguir volátil nesta semana, com a continuação da divulgação de resultados de empresas listadas nas bolsas americanas, avalia em nota Antônio Sanches, analista de investimentos da Rico. Internamente, a agenda tem poucas divulgações, com as atenções ficando por conta de dados, balanços nos EUA e decisões de política monetária do exterior. A principal delas é a do Banco Central Europeu (BCE), que deverá elevar juros pela primeira vez em mais de uma década para combater pressões inflacionárias.

“Essa expectativa de aumento de juros deve gerar cautela, dado que a regra é de que isso é ruim para ativos de renda variável”, lembra Cozzolino, da Levante.

A atual temporada de resultados corporativos norte-americanos terá atenção adicional dos investidores, dado que podem dar pistas sobre o desempenho e perspectivas de empresas em um cenário de potencial recessão, avalia Sanches, da Rico.

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Fica no radar do mercado a reunião do presidente Jair Bolsonaro (PL) com embaixadores estrangeiros, fora da agenda oficial, para tratar das eleições brasileiras e das urnas eletrônicas.

Às 11h19, o Ibovespa subia 1,58%, aos 98.081,18 pontos, após abrir aos 96.552,61 pontos, que também fora a mínima até o momento. Na máxima, alcançou 96.552,61 pontos (alta de 1,68%). Vale subia 2,33% e Petrobras tinha alta de 2,36% (PN) e de 3,27% (ON). As ações de grandes bancos tinham ganhos em torno de 1% em sua maioria.

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