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- CEEE-G é uma estatal do Rio Grande do Sul, que a CSN pagou R$ 928 milhões, 66,23% do último ativo
- O Itaú BBA prevê que os investidores terão preocupações com a estratégia de alocação de capital da CSN, porque, acredita-se, prefeririam retornos na forma de dividendos e/ou recompras
(Por Nina Gattis) – A compra da CEEE-G pode gerar questionamentos quanto à alocação de capital da CSN, avalia o Itaú BBA três dias após a siderúrgica arrematar, por R$ 928 milhões, 66,23% do último ativo de energia estatal do Rio Grande do Sul. O ponto é levantado diante da possibilidade da aquisição dos 33,77% restantes, que pertencem à Eletrobras.
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A Eletrobras tem o direito de venda conjunta de sua participação por 80% do preço pago, que se exercido significaria um desembolso adicional de R$ 379 milhões para a CSN, potencialmente elevando o investimento total para R$ 3,3 bilhões por 100% do ativo, uma vez que há também uma outorga de cerca de R$ 2 bilhões.
“Nossos cálculos preliminares indicam que o potencial negócio de R$ 2,9 bilhões a R$ 3,3 bilhões terá um impacto limitado na alavancagem da CSN, provavelmente aumentando sua dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 0,2 vez e 0,3 vez, respectivamente, em 2023”, destacam os analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto, Marcelo Furlan e Bárbara Soares.
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Ainda que o investimento esteja alinhado com outros movimentos recentes da CSN, todos visando garantir benefícios associados à autogeração, o Itaú BBA prevê que os investidores terão preocupações com a estratégia de alocação de capital da CSN, porque, acredita-se, prefeririam retornos na forma de dividendos e/ou recompras.
“Vale destacar que a CSN tem atuado em aquisições (Lafarge, CEEE-G) e tem um pipeline robusto de projetos orgânicos pela frente (expansões em siderurgia e mineração)”, pontuam os analistas, que reiteram recomendação market perform (neutra) para os papéis da CSN, com preço-alvo de R$ 23, que representa potencial de alta de 56% ante o último fechamento.