O destaque da agenda internacional hoje foi a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) nos Estados Unidos. O indicador caiu 0,5% em julho ante junho, ante previsão de +0,2%, com o núcleo em alta de 0,2%, abaixo da previsão (+0,4%). Os números abaixo do previsto podem reforçar apostas de menor inflação e, consequentemente, menor aperto monetário pelo Fed, uma vez que o mercado já tinha precificado a desaceleração da inflação ao consumidor americano maior que a esperada em julho e na comparação interanual, para 8,5% ante o recorde de 9,1% em junho.
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Ainda na agenda de hoje, o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 14 mil na semana encerrada em 6 de agosto, a 262 mil. Neste caso, o número ficou abaixo da expectativa de analistas, que previam alta a 264 mil, confirmando um mercado de trabalho aquecido na maior economia do mundo. Nesse cenário, as bolsas em Nova York operam sem um viés único (com Nasdaq oscilando próximo da estabilidade), enquanto o dólar recua ante moedas de países desenvolvidos. No front corporativo, destaque para a Walt Disney que entregou lucro 53% maior no terceiro trimestre fiscal deste ano (US$ 1,41 bilhão), na comparação anual.
A companhia superou as expectativas com o seu negócio de streaming, o Disney+, com a adição de 14 milhões de assinantes, para 221,1 milhões, superando o concorrente Netflix, com 220,6 milhões. Nesta manhã, as ações saltavam 9,5% no pré-mercado de Nova York. Na Europa, os mercados acionários fecharam mistos, em meio à divulgação de balanços corporativos e em dia de agenda esvaziada por lá. Os preços do petróleo avançam, com notícias de que ondas de calor na Europa e escassez de gás natural estão impulsionando a demanda pela commodity.
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Aqui no Brasil, o Ibovespa opera em alta moderada de 0,21% aos 110.444 pontos. Os ganhos na bolsa brasileira se estendem pelo oitavo pregão consecutivo, mas hoje são limitados por movimentos de realização de lucros em ações de setores que vêm se destacando nos últimos dias, como os de varejo e imobiliário.
Destaque para as ações do Banco do Brasil, que sobem mais de 5% após balanço positivo. Nos mercados de câmbio e juros, ganhos acumulados induziram uma realização de lucros. Com isso, o dólar à vista sobe ante o real com alta de 1,18% aos R$ 5,14, após cair mais cedo em reação ao PPI. Enquanto isso, os juros futuros têm avanço moderado, diante da oferta maior do Tesouro nos leilões de LTN e NTN-F.
Os investidores avaliaram ainda os dados de serviços, que subiram 0,7% em junho ante maio, acima da mediana esperada pelo mercado (+0,4%). Os dados vieram positivos, mas não devem mudar a percepção de que o Banco Central pode encerrar o ciclo de aperto da Selic no curto prazo e acabaram ficando em segundo plano.
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