(Gabriel Bueno da Costa, Estadão Conteúdo) – Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa forte, nesta terça-feira. Houve realização de lucros, após o WTI bater máxima em cerca de um mês, e também com várias notícias do setor sendo monitoradas, algumas delas apontando para a possibilidade de maior oferta. Além disso, continuam as preocupações com a perda de fôlego na economia global, com consequente impacto negativo para a demanda pelo óleo.
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O petróleo WTI para outubro fechou em baixa de 5,54% (-US$ 5,37), a US$ 91,64 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro caiu 4,95% (-US$ 5,09), a US$ 97,84 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Segundo a agência russa Tass, uma fonte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) negou que esteja em discussão um corte na produção do grupo para o encontro marcado para a próxima segunda-feira. A notícia surge após algumas nações, entre elas a Arábia Saudita, levantarem essa possibilidade nos últimos dias.
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Foi ainda noticiado que o Iraque se mostra disposto a ampliar exportações de petróleo para a Europa, se necessário, no momento em que o continente enfrenta dificuldades na oferta de gás da Rússia. A Venezuela, por sua vez, disse que a Chevron poderia retomar operações no país, acrescentando que isso dependeria apenas do aval dos EUA. Segundo reportagens recentes da imprensa local, o governo americano tem entre suas opções para lidar com o quadro no petróleo relaxar sanções contra a Venezuela, mas não houve anúncio sobre o assunto por enquanto.
Nesse contexto, os contratos de petróleo chegaram a ampliar os ganhos de ontem logo no início do dia, mas inverteram o sinal e acabaram com correção considerável.
A Oanda comentava também que a perspectiva para o crescimento global continua a piorar, enquanto riscos geopolíticos ainda não provocaram novos problemas nas exportações. Para a Oanda, alguns operadores se posicionavam para problemas na oferta do Iraque ou da Líbia que até agora não se concretizaram. Mas ela avalia que o mercado de petróleo está neste momento em uma faixa relativamente estreita e considera que o viés negativo de hoje “não deve durar muito”.