(Gabriel Caldeira, Estadão Conteúdo) — O cobre encerrou a semana com ganho modesto no mercado futuro, após acumular fortes baixas ao longo das últimas sessões. Metais básicos em geral são pressionados pela perspectiva de demanda enfraquecida nos próximos por conta da desaceleração da economia global, em especial na China, maior importador de commodities metálicas do mundo. Além disso, a espera por aperto monetário global reduz o apetite por risco, e a alta de juros pelo Federal Reserve (Fed) é particularmente prejudicial, já que tende a fortalecer o dólar e encarecer os metais cotados na moeda americana para detentores de outras divisas.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro avançou 0,21% hoje e despencou 7,75% na semana, a US$ 3,4135 po libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do cobre para três meses subia 0,11%, a US$ 7.558,00, por volta de 14h30 (de Brasília).
A leve recuperação de hoje do cobre se deu diante de um dólar mais fraco no exterior após o payroll de agosto sugerir um mercado de trabalho menos apertado nos EUA e, com isso, moderar o temor pelo aperto monetário do Fed.
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A dinâmica da semana, porém, foi amplamente desfavorável aos metais básicos e segue um movimento de perdas que se estende para estas commodities. Segundo o Commerzbank, desde o último pico após as preocupações com a oferta por conta da guerra na Ucrânia, o preço médio dos metais caiu cerca de 30% – só o alumínio recuou 40% no período.
“No curto prazo, vemos mais riscos de queda para os preços dos metais básicos, pois agora esperamos uma queda mais pronunciada nas três principais áreas econômicas da zona do euro, EUA e China do que havíamos previsto há alguns meses”, diz o banco alemão, que reduziu suas projeções para os preços de metais básicos nos próximos dois trimestres.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio caía 0,26%, a US$ 2.299,00, a do chumbo baixava 0,76%, a US$ 1.888,50, a do níquel operava em alta de 0,17%, a US$ 20.540,00, a do estanho aumentava 0,67%, a US$ 21.120,00, e a do zinco desvalorizava 3,60%, a US$ 3.130,00.