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Metais: cobre fecha em queda, com força do dólar e China no radar

Na Comex o cobre recuou 2,95%, a US$ 3,4145 por libra-peso

Metais: cobre fecha em queda, com força do dólar e China no radar
Foto: Pixabay

(Letícia Simionato, Estadão Conteúdo) — O cobre fechou em queda robusta nessa quinta-feira, pressionado pelo fortalecimento do dólar e preocupações renovadas com a economia da China – principal importador de metais básicos do mundo. Além disso, segue a apreensão no mercado com a postura agressiva do Federal Reserve (Fed) e a possibilidade de que o Banco Central Europeu (BCE) eleve os juros em 75 pontos-base na semana que vem.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para setembro recuou 2,95%, a US$ 3,4145 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses baixava 2,84%, a US$ 7.569,50, por volta de 14h38 (de Brasília).

Segundo o chefe de pesquisa da Peak Trading Research, Dave Whitcomb, “o ambiente macroeconômico foi de mal a pior nesta semana”. Na Ásia, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) privado da China caiu em território de contração em agosto, quando os surtos de covid-19 e uma crise de energia causada pelo calor extremo e a seca dificultaram a recuperação econômica do país. O PMI da Caixin caiu de 50,4 em julho para 49,5 em agosto, ficando abaixo da marca de 50 pontos que separa contração de expansão, de acordo com dados divulgados pela Caixin Media e S&P Global ontem à noite.

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Para a Capital Economics, a queda abaixo de 50 do PMI chinês é mais um sinal de que o crescimento do gigante asiático estagnou, em quadro que deve piorar diante da perda de fôlego das exportações e a crise do setor imobiliário. Segundo a consultoria, o dado divulgado ontem à noite é mais “significativo” do que o PMI oficial que mostrou leve alta no mês passado.

“A China é um grande consumidor de metais básicos, carvão e minério de ferro, e o maior produtor de aço do mundo”, diz a vice-presidente sênior da Moody’s, Barbara Mattos. “Uma desaceleração no crescimento econômico do país reduziria a demanda no setor de metais e mineração”, acrescenta.

Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio caía 2,22%, a US$ 2.310,50, a do chumbo baixava 2,76%, a US$ 1.905,00, a do níquel operava em queda de 3,98%, a US$ 20.520,00, a do estanho tombava 9,13%, a US$ 20.800,00, e a do zinco desvalorizava 6,19%, a US$ 3.248,50.

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