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- A iniciação de pagamentos é uma ferramenta da terceira fase do Open Finance que possibilita, por exemplo, pagamentos em lojas online com apenas um clique
- Também é possível fazer um Pix de um banco a partir do aplicativo de outro que seja um iniciador de pagamentos
- Até o momento o BC só disponibilizou o serviço para operações do Pix, mas o plano é contemplar outras formas de pagamento no futuro
(Thaís Barcellos, Estadão Conteúdo) – A Quanto, empresa de tecnologia que facilita a conexão de dados no Open Finance, recebeu autorização do Banco Central e se tornou a primeira iniciadora de transação de pagamentos (ITP) autônoma do País, que não é um banco ou instituição detentora de conta.
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Assim, a fintech se junta a grandes nomes que já podem oferecer o serviço, como Banco do Brasil, BTG Pactual, Itaú Unibanco e Mercado Pago. Mas, como não tem conta, não vai atuar em “benefício próprio”, servindo de “mensageiro” para facilitar pagamentos dentro de aplicativos de bancos e no comércio eletrônico, por exemplo.
A ITP é uma figura regulatória criada pelo BC para permitir que instituições não financeiras possam iniciar pagamentos. A iniciação de pagamentos é uma ferramenta da terceira fase do
Open Finance que possibilita, por exemplo, pagamentos em lojas on-line com apenas um clique, sem precisar entrar no aplicativo do banco ou usar cartão de crédito. Também é possível fazer um Pix de um banco a partir do aplicativo de outro que seja um iniciador de pagamentos, como começou a oferecer o BB hoje.
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Esse recurso, lançado pelo BC em outubro de 2021, torna o fluxo de pagamentos contínuo, mais rápido e fácil para os clientes. Até o momento, contudo, o BC só disponibilizou o serviço para operações do Pix, mas o plano é contemplar outras formas de pagamento no futuro.
Nesse contexto, a Quanto vai ser um “‘mensageiro’ que dispara os comandos para transações, sempre cumprindo todas as regras de segurança e com supervisão do Banco Central”. O serviço, porém, ainda não está operacional. Há testes sendo desenvolvidos com empresas interessadas, de fintechs aos maiores bancos.
“Destravamos em tempo recorde uma licença muito desejada no mercado e seguimos na vanguarda, abrindo caminho para novos entrantes e desbravando as possibilidades de uso do ITP no Pix e no Open Finance”, diz o CEO e fundador da Quanto, Ricardo Taveira, que destaca o trabalho da empresa como especialista em Open Finance.
Taveira acrescenta que a novidade complementa as soluções de compartilhamento e inteligência de dados para Open Finance da empresa, que ajuda instituições financeiras a transformar o potencial desse ecossistema em resultados de negócios, como uma decisão assertiva de concessão de crédito ou melhorando a experiência multibanco para os usuários.
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Na avaliação da empresa, a autorização de iniciador de pagamentos abre a possibilidade aos seus clientes de desenvolverem produtos, como cobrança e renegociação de empréstimos, o que permite à Quanto criar valor dentro do ciclo de concessão de crédito, por exemplo. “Estamos desenvolvendo soluções para dados que tornem o ecossistema mais competitivo”, destaca Taveira.