- Uma das grandes preocupações do mercado financeiro com as eleições presidenciais de 2022 é a Petrobras
- O receio dos investidores é que uma possível vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto, interrompa o plano de desinvestimento em prática na Petrobras
- Para CEO da PetroReconcavo, uma das grandes compradoras de ativos da Petrobras, mudanças após as eleições não teriam grande impacto nos negócios da companhia
Uma das grandes preocupações do mercado financeiro com as eleições presidenciais de 2022 é a Petrobras (PETR4). Há alguns anos a estatal passa por um ciclo de desinvestimento com a venda de alguns ativos, na esteira para alcançar um dos objetivos que o atual governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) desejava, mas não conseguiu cumprir durante o mandato: a privatização.
Leia também
O receio dos investidores é que com uma possível vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto, esse projeto seja interrompido. O plano de governo do candidato petista fala, inclusive, em retomar o “papel indutor e coordenador” do Estado na gestão das estatais.
Veja as divergências entre as propostas econômicas dos planos de governo de Lula e Bolsonaro.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Os rumos incertos da Petrobras com as eleições, porém, não assustam a PetroReconcavo (RECV3), uma das grandes compradoras de ativos que eram da estatal no Nordeste do País. A “junior oil” brasileira tem as operações onshore concentradas em dois polos principais, o Recôncavo na Bahia e o Potiguar no Rio Grande do Norte.
Para Marcelo Magalhães, CEO da companhia, o plano de desinvestimento da Petrobras, no que diz respeito aos polos maduros que são de interesse da PetroReconcavo, já está praticamente completo. Faltam apenas os ativos de Bahia Terra, cuja aquisição pelo consórcio da PetroReconcavo com a Eneva está suspensa por decisão judicial, e de Urucu, localizado na Bacia de Solimões no Amazonas.
“Não sei qual vai ser o próximo governo e nem sua postura em relação a Urucu. Mas, de uma maneira geral, em relação aos polos do NE, não é mais uma discussão ideológica e partidária. O plano de desinvestimento inclusive começou no governo do PT, na gestão da Dilma Rousseff e da Graça Foster”, diz Magalhães.
Para o CEO, o resultado das eleições e a uma possível mudança na política da estatal não terá “nenhuma implicação no modelo de negócios da PetroReconcavo”. Veja quais são os próximos planos da companhia.
Publicidade