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- O Ibovespa encerrou o pregão com alta de 0,60%, aos 96.125,24 pontos
- As três ações que mais ganharam preço no dia foram BTG Pactual (BPAC11), Cielo (CIEL3) e Sulamérica (SULA11)
- Entenda o movimento dos papéis no mercado nesta quinta-feira (18)
O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (15) em alta de 0,60%, aos 96.125,24 pontos, e teve giro financeiro de R$ 27,7 bilhões. O discreto avanço do Ibovespa veio apesar da instabilidade política no Brasil, marcada pelo anúncio da saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação e, especialmente, a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.
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O pregão foi de maior valorização para papéis que possuem espaço para aumento de preços, como BTG Pactual e Sulamérica. Já as companhias do setor de energia, que avançaram em bloco ontem (17) com a perspectiva de novos cortes na taxa Selic, realizaram lucros e estiveram entre as maiores quedas do Ibovespa.
As três ações que registraram as maiores altas no dia foram BTG Pactual Unit N2 (BPAC11), Cielo ON NM (CIEL3) e Sulamérica Unit EJ N2 (SULA11).
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Confira o que afetou o desempenho desses três papéis:
BTG Pactual Unit N2 (BPAC11): +9,12%
Os papéis Unit do BTG Pactual (+9,12%) registraram o maior avanço do Ibovespa em meio ao otimismo do mercado na companhia a curto prazo e na contramão dos bancos, que terminaram o pregão majoritariamente em queda.
Rodrigo Barreto, analista da Necton Investimentos, afirma que os investidores têm ingressado no papel devido à forte trajetória de alta nas últimas semanas. “Desde maio, quando começou essa retomada do setor dos bancos, o BTG foi o mais queridinho e sobe com tendência de alta”, afirma.
Até o fechamento de ontem, os papéis do banco acumulavam alta de 31,16% no ano. Já nesta quinta-feira, o avanço é de 43,12%, o maior entre os papéis do Índice Financeiro da B3.
Cielo ON NM (CIEL3): +8,69%
Ainda refletindo o anúncio da parceria com o Whatsapp para a realização de pagamentos na própria plataforma, os papéis Cielo ON registravam o segundo maior avanço do Ibovespa nesta quinta-feira e acumularam avanço de 8,69%. As ações da companhia também são influenciadas por um forte movimento na posição alugada das ações e nas taxas do aluguel. Segundo um operador do mercado, a companhia hoje foi alugada em taxas no patamar de 15% devido à alta demanda e baixa disponibilidade dos papéis.
Em relatório divulgado hoje, a agência de classificação de risco Moody’s pontua que a nova função da Cielo representa mais um ponto de pressão para a lucratividade dos bancos, pois elimina o uso de equipamentos de processamento e pode reduzir as taxas por serviços de adquirentes.
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A economista Paloma Brum, da Toro Investimentos, afirmou que a alta é natural diante de uma “alocação tardia” de investidores no papel, mas que a tese de investimentos segue desafiadora. “A parceria é positiva, mas não muda a tese de investimento. A Cielo é uma líder de mercado que não mostrou inovação e perdeu espaço para outras empresas”, disse ela.
Sulamérica Unit EJ N2 (SULA11): +4,55%
Os papéis Sulamérica Unit fecharam o pregão com avanço de 4,55%, o terceiro maior do Ibovespa, após um relatório do Santander apontar que a empresa está sendo negociada até 60% abaixo do seu valor devido.
“O mercado viu que, mesmo o modelo dela sendo diferente, não tinha um motivo para que a companhia fosse negociada em múltiplos tão abaixo dos múltiplos da companhia de saúde”, aponta Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.
No setor, fecharam em queda Grupo NotreDame Intermédica ON (-0,03%), Hapvida ON (-0,85%) e Qualicorp ON (+1,88%).
*Com Estadão Conteúdo
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