O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil recuou a 51,1 em setembro, após 51,9 em agosto, divulgou há pouco a S&P Global. O resultado ainda mantém o indicador acima do nível neutro, de 50 pontos, o que sinaliza expansão do setor.
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“Há sinais claros e preocupantes de que a demanda geral está hesitante, paralelamente à queda nas vendas internacionais, ganhando velocidade considerável em meio a condições econômicas globais desafiadoras. Os números do PMI para a China, o maior mercado de exportação do Brasil, destacaram declínios notáveis na atividade de compra e no índice de produção entre os fabricantes de produtos em setembro”, afirma a diretora associada de economia da S&P Global, Pollyanna de Lima, em nota.
Os dados do mês indicam que o aumento das vendas e os esforços de reabastecimento continuaram a sustentar o crescimento da produção industrial, no entanto houve sinais de que a demanda se aproxima da estagnação, diante do aumento do volume de novos pedidos no ritmo mais lento registrado nos últimos sete meses de expansão. O crescimento, segundo a S&P, teria sido restringido pelo poder de compra reduzido entre os clientes, a fragilidade do setor automotivo e as vendas fracas no varejo.
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Os produtores, porém, continuaram a aumentar o ritmo em setembro, com elevação moderada do índice de produção, mas em taxa mais rápida do que em agosto. O enfraquecimento da demanda para insumos e bens finais ajudou a reduzir a inflação em setembro. Os preços de insumos aumentaram à taxa mais lenta em quase oito anos. De acordo com os participantes da pesquisa, os preços mais baixos de commodities, metais e plásticos ajudaram a reduzir os aumentos em outros lugares.
“Os clientes já estão se beneficiando da diminuição das pressões sobre os preços, como visto pela recuperação mais fraca nos preços de venda desde dezembro de 2019. Esse recuo pode proporcionar um impulso bastante necessário para as vendas nos próximos meses e manter o setor industrial em funcionamento”, diz Lima.
“Os dados mostraram que os fabricantes brasileiros estão fortemente confiantes em uma retomada econômica, especialmente depois do fim das eleições presidenciais. De fato, apesar do aumento mais brando nas vendas em geral, o crescimento da produção ganhou algum fôlego e mais empregos foram criados em setembro.”