O dólar opera em alta, após oscilar nos primeiros negócios, puxado pelo fortalecimento da moeda americana ante pares principais há pouco e a subida dos retornos dos Treasuries de curto e médio prazos. Os ajustes ocorrem em meio à publicação do relatório de empregos (payroll) dos Estados Unidos em setembro.
Leia também
Os futuros das bolsas de Nova York passaram a cair em bloco, em mais de 1% no caso do Nasdaq, após o payroll mostrar geração forte de empregos e queda do desemprego a 3,5% no mês passado nos EUA. O quadro sugere mais aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed).
Nas próximas horas, os investidores vão monitorar ainda discursos de quatro dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano): John Williams (vota), de Nova York (11H); Esther George (vota), de Kansas City, e Neel Kashkari, de Minneapolis (12H); além de Raphael Bostic (não vota), de Atlanta (13H)..
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
No Brasil, as vendas do comércio varejista caíram 0,1% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, informou mais cedo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado mostrou recuo menor que a mediana (-0,3%) das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de uma queda de 1,6% a alta de 1,4%. Na comparação com agosto de 2021, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 1,6% em agosto de 2022. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 2,0% a alta de 2,9%, com mediana positiva de 0,4%.
A alta do dólar na abertura, contrariando queda da moeda americana no exterior, pode ter refletindo ajuste defensivo, em meio a incertezas sobre o plano econômico e nomes que podem compor a equipe econômica do candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas do segundo turno. Lula reafirmou ontem ser contra a manutenção do teto de gastos e disse que não vai divulgar nomes para a esplanada antes do resultado do segundo turno. Além disso, o avanço persistente do petróleo deve manter a inflação elevada no mundo e a possibilidade de novas altas fortes de juros nos EUA está no radar dos investidores.
Às 9h38, o dólar à vista subia 0,27%, a R$ 5,2240. O dólar para novembro tinha viés de alta de 0,06%, a R$ 5,2510.