

Integrante do conselho do Federal Reserve (Fed), Lisa Cook afirmou nesta quinta-feira que a instituição deve manter a política monetária restritiva por algum tempo até que tenha certeza de que a inflação está firmemente no caminho da meta de 2%.
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Integrante do conselho do Federal Reserve (Fed), Lisa Cook afirmou nesta quinta-feira que a instituição deve manter a política monetária restritiva por algum tempo até que tenha certeza de que a inflação está firmemente no caminho da meta de 2%.
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“Em suma, a inflação está alta, e só vamos parar os aumentos de juros quando ela desacelerar. A natureza generalizada das pressões inflacionárias sugere que a economia em geral está muito apertada, com a oferta restrita continuando a ficar aquém da demanda”, destacou, em evento do Instituto Peterson. “Em algum momento, à medida que continuarmos apertando a política monetária, será apropriado desacelerar o ritmo dos aumentos enquanto avaliamos os efeitos de nosso aperto acumulado na economia e na inflação”, ponderou.
Segundo Cook, ela é “dependente de dados” e está “disposta a alterar sua opinião sobre o curso da alta de juros à medida que os dados mudam”. “À medida que a economia evolui, o Fed aprenderá o caminho e pico das taxas dos Fed Funds”. No entanto, por ora, ela enfatiza que o foco deve ser domar a inflação, e que restaurar a estabilidade de preços provavelmente exigirá aumentos contínuos de juros. “Estou focada em ver a inflação descer dos seus níveis elevados. Inflação permanece teimosa e inaceitavelmente alta”, diz.
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No entanto, ela ressaltou que há razões para esperar que a inflação do núcleo de bens desacelere nos próximos meses. “No geral, uma ampla gama de mercadorias sofreu declínios nos prazos de entrega dos fornecedores e nos preços de frete. E os principais preços de importação caíram em cada um dos últimos quatro meses, impulsionados pelos preços mais baixos das commodities e pela valorização do dólar”, explicou.
Com relação ao mercado de trabalho, a banqueira central comentou que está forte e que ela está otimista que, se o impacto na saúde da covid-19 continuar diminuindo, mais trabalhadores entrarão novamente na força de trabalho. “Apesar de uma grande queda no número de vagas em agosto, o que pode sugerir que a demanda por mão de obra está moderando, ainda há uma alta incomum de 1,7 vagas por desempregado à procura de emprego. Enquanto isso, as demissões estão próximas das mínimas históricas, e a taxa de desistências está bem acima dos níveis pré-pandemia, embora tenha moderado um pouco, indicando que os trabalhadores ainda se sentem confiantes de que podem encontrar outro emprego”, ressaltou.
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