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Colunista

Os 7 objetivos do líder chinês Xi Jinping para os próximos anos

O congresso do Partido Comunista Chinês vai coroá-lo para um terceiro e inédito mandato

Por Thiago de Aragão

13/10/2022 | 7:59 Atualização: 13/10/2022 | 8:34

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O líder da China, Xi Jinping. Foto: Sputnik/Sergey Bobylev/Pool via REUTERS
O líder da China, Xi Jinping. Foto: Sputnik/Sergey Bobylev/Pool via REUTERS

O principal evento político da China, o congresso do Partido Comunista Chinês, ocorre no próximo dia 16. Funcionando de forma parecida (pero no mucho) a um processo eleitoral, o encontro visa, entre outras coisas, eleger o novo líder para os próximos 5 anos, assim como novos membros para o Comitê Permanente do Politburo, membros do Politburo, do Congresso Nacional do Povo, Conselho Militar, etc.

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O evento deste ano marcará a “coroação” de Xi Jinping para um terceiro e inédito mandato, colocando-o no nível mais alto desde Mao Tse-Tung entre os líderes do país. Xi terá a maioria absoluta de aliados, o que facilitará a implementação da sua visão de mundo em alguns temas de importância.

A saída de Li Keqiang (premiê), representante de uma facção rival a de Xi (Tuanpai), já mostra um sinal do poder de Xi dentro do partido.

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O que podemos esperar em termos de objetivos de Xi Jinping para os próximos anos? Selecionei sete pontos de importância global que comento a seguir.

1. Doutrinação e padronização intelectual

Xi Jinping é um grande crítico da abertura intelectual para ideias ocidentais que permeou a China durante os governos de Wen Jiabao e, principalmente, Hu Jintao. Para Xi, havia uma ocidentalização excessiva na cultura urbana chinesa, gerando ícones do “capitalismo” e um foco desproporcional em “dinheiro”.

Xi foi agressivo no combate às narrativas, comportamentos e simbologias do que ele chamava de “capitalismo exacerbado”. Nesse período, vários empresários caíram em desgraça, algumas figuras de influência nas redes sociais também foram imensamente criticadas e o governo chinês, por ordem de Xi, acabou por revisitar alguns alicerces ideológicos do país.

O curso de Marxismo está entre os de maior crescimento na sociedade, assim como a demanda por mestres especialistas na matéria. Como parte de uma nova diretriz central, as empresas, a partir de um determinado tamanho, devem ter um funcionário especialista em Marxismo.

Para Xi, a uniformização da percepção ideológica é de grande importância para poder garantir a manutenção de disciplina, principalmente à medida que o desempenho econômico começa a se estabilizar, diminuindo o boom de crescimento que persiste há décadas.

2. Controle maior nas empresas

Existem várias razões para que Xi Jinping coloque como prioridade o controle do Partido sobre as empresas. Primeiro, há o entendimento que a função delas como parte da engrenagem econômica e industrial do país deve estar sempre sob controle do Estado. Assim, a produção de conhecimento passa a ser direcionada para atender os objetivos mais amplos do partido. Nas empresas de tecnologia, por exemplo, o governo chinês quer ver menos internacionalização das operações e mais internacionalização da comercialização de seus produtos.

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Desta forma, a Byte Dance (dona do Tik Tok), por exemplo, manteria suas atividades na China, sem aderir a bolsas de valores “ocidentais”, mas focaria em distribuir seus softwares para empresas e startups estrangeiras (como já faz na Colômbia e no México).

Importante lembrar que as empresas chinesas e americanas estão no centro do embate entre os dois países. A propriedade intelectual é o grande tema de preocupação para americanos enquanto a aquisição de propriedade intelectual acabou catapultando as empresas chinesas, principalmente as de alta tecnologia aplicada, ao topo.

3. Diversificação da cadeia de suprimentos

Podemos observar que grande parte da expansão geopolítica chinesa está atrelada à sua capacidade econômica. A China é o país que mais adquiriu terras no mundo. Quase 8 milhões de hectares de terras foram adquiridos entre 2011 e 2020. No Peru, grande parte das aquisições ocorreram em áreas ligadas à produção mineral. Já em áreas de florestas, a China investiu pesadamente em aquisições na Rússia e na República Democrática do Congo.

É importante sinalizar que, hoje, a Rússia está no caminho para se tornar a principal fornecedora de gás natural e lítio para a China, enquanto o Congo já é extremamente estratégico no fornecimento de cobalto (utilizado na fabricação de baterias).

Conforme a China garante fornecedores de commodities de alta importância: soja, trigo, minério de ferro, lítio, cobalto, níquel etc, o governo de Xi Jinping pretende reorganizar a cadeia de suprimentos para que o nível de dependência não seja exagerado em um país em relação a outro. O primeiro exemplo de onde isso vem sendo feito é relacionado ao lítio. Componente vital para a produção de baterias, a China olha para a Rússia, Sérvia, Argentina, Bolívia, Peru e Chile como fornecedores.

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A escolha não seria de um ou de outro, mas do conjunto da obra para, caso um desses países passe por instabilidade política/institucional, o fornecimento não ser prejudicado.

4. Primazia tecnológica

A primazia tecnológica é a principal área, dentro do contexto China x EUA, onde o governo chinês enxerga que pode garantir uma superioridade e, ao mesmo tempo, alimentar outras áreas de disputa (econômica, militar, comercial etc). Por isso os EUA batem tanto na tecla da propriedade intelectual, pois a China conseguiu se equiparar (e em algumas áreas, superar) a capacidade tecnológica americana.

As principais áreas de disputa entre os dois países se encaixam nas pesquisas de Inteligência Artificial (e em todas as inúmeras aplicações que podem ser feitas) e em Computação Quântica. Quando os EUA insistem que dados de usuários estão a perigo quando utilizam softwares chineses, a argumentação se dá pela necessidade prática de obtenção de dados variáveis para povoar sistemas de computação quântica. A China, naturalmente, argumenta que não coleta dados de usuários e coloca a culpa dessa prática nos EUA e em empresas americanas como o Facebook.

A grande preocupação americana é ao mesmo tempo o grande trunfo chinês: a aplicação dessas tecnologias na área militar.

No campo da comunicação militar, a China já possui protótipos de sistemas de comunicação geridos por computadores quânticos que impossibilitam a interceptação das mensagens por qualquer outro país. O mesmo pode ser aplicado em mísseis teleguiados por inteligência artificial e caças autônomos.

5 -Expansão de influência global

Representantes do governo em Pequim asseguraram que um dos principais temas que será discutido no congresso do Partido Comunista Chinês será o posicionamento global da China e de suas zonas de influência.

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Se antes esse tipo de debate era mantido de forma mais discreta, agora tudo foi escancarado conforme EUA, OTAN e outros revelam cada vez mais seus objetivos globais.

Xi Jinping entende que a aliança entre EUA e Europa está mais sólida do que há alguns anos, quando o ex-Presidente Donald Trump demonstrou interesse em acabar com a OTAN. A Rússia e sua invasão à Ucrânia aproximou a Europa dos EUA de uma forma que não víamos desde a Guerra Fria.

Colocando-se ao lado da Rússia, Xi acredita que isso pode desviar um pouco o foco dos EUA em relação à China, onde a Rússia serve como “bucha de canhão”, possibilitando à China um projeto de posicionamento mais estratégico.

Um dos focos de importância geopolítica para a China, no momento, vai do Sudeste Asiático, incluindo obviamente o Mar do Sul da China, Taiwan e inúmeras ilhas-nações do Pacífico. No Sudeste Asiático, a atenção nas ações da Índia, Japão, Filipinas, Austrália e EUA dita o posicionamento chinês. A África também tem uma importância grande, dentro da política de diversificação de fornecedores de matéria prima.

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Mencionei a importância do Congo-Kinshasa, mas o foco vai muito além, inclusive em países onde a China não tem a mesma facilidade como no passado (Angola, Tanzânia e Etiópia). Assim, um novo esforço diplomático, menos incisivo e agressivo, mais maleável e amigável, deverá ser o posicionamento a partir de 2023.

A América Latina também é importante por conta do alto valor como fornecedor de commodities, ausência de estratégia eficiente dos EUA, dependência financeira da maioria dos países e dependência comercial de países como o Brasil. Pequim percebeu que com Lula ou Bolsonaro não haverá ações concretas contra a China, uma vez que há mais palavras do que ações partindo de um ou de outro.

6- Rotas comerciais

Uma preocupação crescente em Pequim são as rotas comerciais no qual importações e exportações trafegam. À medida que as tensões com os EUA pioram, o principal temor chinês é de ver algum gargalo logístico (Estreito de Malaca, Mar Vermelho, Cabo da Boa Esperança, Canal do Panamá, Estreito de Luzon etc) bloqueado por uma ação retaliatória americana ligada a ações chinesas em Taiwan ou no Mar do Sul da China.

Esses bloqueios representam o caminho mais fácil para desacelerar a economia e produção industrial chinesa.

Sabendo que a China possui uma vulnerabilidade nesse quesito, o governo vem tentando abrir novas frentes para garantir o tráfego logístico. O porto de Gwadar, no Paquistão, é o exemplo que mais rápido nos vem à mente. Um projeto em Burma e outro no Afeganistão, que geraria um corredor para entrada e saída de produtos, está em fase de análise.

7 – Remodelamento de narrativas

Xi Jinping estimulou, desde 2012, uma narrativa mais agressiva da China em relação ao mundo. Uma das primeiras críticas feitas a Hu Jintao foi a de subserviência à ordem internacional. Xi acredita que a China merece ter uma respeitabilidade internacional por conta do seu peso econômico, diplomático e comercial e, para isso, deve impor-se contra narrativas consideradas (pela China) como agressivas.

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Entre essas narrativas, destacam-se as relacionadas a direitos humanos, democracia, propriedade intelectual e direitos trabalhistas.

Assim, vimos ao longo dos últimos anos um posicionamento mais aguerrido de diplomatas chineses contra matérias jornalísticas, discursos ou comentários emitidos em diversos países do mundo. Ao mesmo tempo em que esse comportamento foi celebrado pelo governo chinês, também queimou algumas pontes de comunicação e de boa vontade entre os países com os quais a China mantém relações próximas.

Há uma expectativa de que, após o congresso do Partido, o posicionamento da narrativa global chinesa mude para uma agenda positiva, visando passar uma imagem de parceiro amigável ao invés de parceiro impositivo.

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