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Bolsonaro: mercado não está posicionado em caso de reeleição, diz gestor

Legacy já aumentou posição comprada em Brasil diante das atuais perspectivas para a corrida presidencial

Bolsonaro: mercado não está posicionado em caso de reeleição, diz gestor
Bolsonaro começou a ficar mais forte na semana passada com a queda consistente da rejeição ao governo | Foto: Joédson Alves | EFE
  • Gestora aumentou posição comprada em Brasil diante das atuais perspectivas para a corrida presidencial
  • Potencial de valorização das ações de estatais como Banco do Brasil e, especialmente, Petrobras é de 50%
  • Perspectiva de continuidade da política econômica desenhada pelo ministro Guedes vai repercutir nas taxas de juros futuros

O mercado não está posicionado para uma reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Se nosso cenário se confirmar, é para ficar comprado em Brasil”, afirmou ao Broadcast Investimentos o sócio-fundador e diretor de investimentos da Legacy, Felipe Guerra.

Guerra afirma que a gestora já aumentou posição comprada em Brasil diante das atuais perspectivas para a corrida presidencial. Ele afirma que o potencial de valorização das ações de estatais como Banco do Brasil e, especialmente, Petrobras é de 50% e “rapidamente”.

Guerra argumenta que o favoritismo de Bolsonaro começou a ficar mais forte na semana passada com a queda consistente da rejeição ao governo. As últimas pesquisas de intenção de voto apontando empate técnico entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva e Bolsonaro reforçam esse novo e “bom” momento para o atual mandatário, segundo ele.

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O gestor diz que a perspectiva de continuidade da política econômica desenhada pelo ministro Paulo Guedes, na eventual reeleição de Bolsonaro, vai repercutir diretamente nas taxas de juros futuros. “A curva vai fechar”, disse Guerra. Ele argumenta que com a manutenção da atual equipe dará confiança ao Banco Central (BC) sobre a gestão das contas públicas e, assim, permitirá um ciclo de corte da taxa básica mais intenso e mais rápido.

Nesse cenário, a Legacy projeta cortes de 1 ponto porcentual nas reuniões do Copom já a partir de abril do ano que vem. Com reduções subsequentes de igual tamanho, a Selic chegará em um dígito já no fim de 2023.

Guerra conta que, no primeiro turno, a gestora acertou a direção do resultado e, assim que o mercado realizou o rali na semana do dia 3 de outubro, o movimento na Legacy foi de redução de posição comprada em Brasil. “Mas com o monitoramento que contratamos e as pesquisas públicas, voltamos a ficar mais otimistas e já aumentamos posição comprada. Voltamos a aumentar pois achamos que o Bolsonaro é favorito. A rejeição de Bolsonaro cai com velocidade importante”, disse.

Sobre Lula, o gestor pontuou que um ponto que gera incerteza é o fato de não ter sido definido ainda o nome do ministro da Fazenda. “Se Lula tivesse anunciado o ministro da Fazenda, a incerteza seria menor”, afirmou.

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