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- O estudo da Itaú Asset vê uma tendência de inflação mais baixa e maiores prêmios em equities - o que deve levar a portfólios menos dominados pelo CDI e mais diversificados
- O estrategista comenta ainda que a exposição a ativos internacionais seguirá fundamental nos próximos 15 anos, pois oferecem exposição ao crescimento global esperado
- Mandel aponta que Estados Unidos e China seguirão como mercados interessantes
O investidor brasileiro não tem a mentalidade de longo prazo nem pensa em como estarão seus ativos em 15 anos. A avaliação é de Benjamin Mandel, estrategista-chefe de portfólio da Itaú Asset, que organizou uma projeção dos mercados de capitais para 2037. “O trabalho quis provocar o investidor brasileiro a pensar no longo prazo”, disse no 43º Congresso Brasileiro da Previdência Privada (CBPP), promovido pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) na quinta-feira (20).
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Mandel destaca que a análise de longo prazo cria um arcabouço para avaliar a economia de forma estrutural. “É muito difícil acertar qual será a taxa de inflação daqui a 18 meses, mas estimar a taxa de inflação média em 15 anos é diferente. São tendências amplas que vão além dos ciclos”, disse. Ele aponta ainda que esta perspectiva mais estendida também ajuda a identificar riscos presentes no curto prazo.
O estudo da Itaú Asset vê uma tendência de inflação mais baixa e maiores prêmios em equities – o que deve levar a portfólios menos dominados pelo CDI e mais diversificados.
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O estrategista comenta ainda que a exposição a ativos internacionais seguirá fundamental nos próximos 15 anos, pois oferecem exposição ao crescimento global esperado. Mandel aponta que Estados Unidos e China seguirão como mercados interessantes.
Para realizar as estimativas macroeconômicas, Mandel utilizou as projeções do FMI de 5 anos e estendeu as expectativas para 15 anos. As premissas para chegar ao PIB nominal foram a População Economicamente Ativa, a produtividade e a inflação. Com isso, a previsão é de um crescimento médio de 83 pontos-base no PIB brasileiro.
Com o cenário macro traçado, o estrategista projetou o retorno esperado para a renda fixa. O IMA-B, índice que reflete o comportamento da dívida pública federal indexada ao IPCA, terá um retorno anualizado de 8,3% até 2037. Já o IRF-M, voltado aos títulos pré-fixados, terá performance estimada de 8,1% ao ano.
Na renda variável, o Itaú Asset espera crescimento de 10,7% ao ano para o Ibovespa. A previsão para os próximos 15 anos traz resultados piores do que nos 15 anos anteriores. Mandel aponta que o crescimento menor da atividade econômica explica o desempenho inferior.
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Para o câmbio, a expectativa é de retorno negativo para o dólar contra o real. A desvalorização prevista é de 0,5% ao ano até 2037.