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- Os investidores acompanham a participação do presidente do BC em evento da Bloomberg e monitoram o presidente eleito Lula na COP27
- Nos EUA, o destaque está nas vendas de moradias usadas de outubro e no discurso que a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, fará em evento
- Na China, um consultor do BC local recomendou uma meta de crescimento inferior a 5% para o país em 2023
Os investidores acompanham a participação do presidente de Roberto Campos Neto, do Banco Central (BC), em evento da Bloomberg em São Paulo, ao mesmo tempo em que monitoram o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prossegue na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27), no Egito, e depois embarcará para Portugal.
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Nos Estados Unidos, destaque às vendas de moradias usadas de outubro e ao discurso que a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Boston, Susan Collins, fará em evento.
As bolsas ocidentais tentam recuperação após as perdas da véspera, mas o movimento é moderado. O petróleo vai na mesma direção. Porém, deve fechar a semana com perdas de até 7%. Já o DXY, que mede as oscilações do dólar frente outras divisas fortes, cede, enquanto os Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) voltam a subir.
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Os investidores mantêm certa cautela após falas duras de dirigentes do Fed e de olho na desaceleração chinesa. O presidente da distrital de St. Louis do BC norte-americano, James Bullard, por exemplo, alertou ontem que é possível que os juros tenham de subir mais (até 5% a 7%) do que o mercado estima atualmente para conter a inflação dos EUA.
Na Europa não é diferente. Hoje a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que será preciso subir mais os juros para garantir que o atual ambiente de preços altos na zona do euro não alimente as expectativas de consumidores e crie um cenário de inflação persistente no futuro.
Na China, um consultor do Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país asiático) recomendou uma meta de crescimento inferior a 5% para o país em 2023. A de 2022, em 5,5%, não deve ser atingida. Quase todas as bolsas asiáticas fecharam em queda.
O alívio externo pode permitir um início tranquilo aos principais ativos brasileiros depois da tensão da véspera, na esteira da piora nas perspectivas fiscais. Em meio ao clima adverso, três dos mais proeminentes economistas do Brasil – Arminio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan – escreveram uma carta ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva mostrando desacordo com a fala do petista ontem no Egito, de que alta de juros e queda da Bolsa são determinados pela atuação de especuladores.
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Contudo, no final do pregão, o Ibovespa atenuou as perdas depois de ter flertado o nível dos 107 mil pontos ao fechar em baixa de 0,49% (109.702,78 pontos), bem como o dólar diminuiu a alta para perto da mínima intradia (R$ 5,4017) e os depósitos interbancários (DIs) devolveram um pouco os ganhos. O movimento refletiu a expectativa de alguma moderação nos números apresentados na quarta-feira na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição de que os gastos de R$ 200 bilhões fora do teto podem cair para R$ 160 bilhões.
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, o ex-senador Aloizio Mercadante e o negociador do Orçamento, senador eleito Wellington Dias (PT-PI), falaram em corte de gastos, inclusive subsídios, e de revisão de contratos. Contudo, até que saia algo de concreto, o clima deve continuar cauteloso no mercado local.
Na política, o ex-ministro da Defesa e candidato derrotado à vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), Walter Braga Netto, afirmou ontem que o chefe do Executivo já se recuperou de uma infecção e deve voltar em breve a despachar do Palácio do Planalto, mas sem indicar uma data. Desde o resultado das eleições, em 30 de outubro, Bolsonaro fez poucas aparições públicas e reduziu drasticamente as publicações em suas redes sociais.
As mesas diretoras da Câmara e do Senado apresentaram, no meio do feriado da República, duas emendas para incluir no Orçamento de 2023 a previsão de gastos para bancar o reajuste de parlamentares e de servidores no ano que vem. A cúpula do Senado quer R$ 199,3 milhões para reajustar os salários de senadores e de servidores. Na Câmara, o pedido é de R$ 370,4 milhões, válido também para os políticos. O custo total do reajuste no Legislativo, caso seja aprovado pelos próprios congressistas, será de cerca de R$ 569 milhões em 2023.
Agenda
A agenda desta sexta-feira traz a participação do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em evento da agência Bloomberg (10h). No exterior, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prossegue na COP27, no Egito, e deve embarcar ainda hoje para Portugal, onde terá reuniões com o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente, Marcelo Rebelo de Sousa.
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Nos Estados Unidos, a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, faz discurso de abertura em evento (10h40) e saem as vendas de moradias usadas (12h).
Por volta das 7h15
Barril do petróleo WTI para janeiro subia 0,31% na Nymex, a US$ 81,86, e o do Brent para o mesmo mês ganhava 0,06% na ICE, a US$ 89,84.
Nos mercados futuros em Nova York, o Dow Jones subia 0,29%, o S&P 500 tinha alta de 0,42% e o Nasdaq avançava 0,50%. Na Europa, a bolsa de Frankfurt subia 0,80%, a de Paris tinha valorização de 1,00% e a de Londres avançava 0,86%.
Índice DXY do dólar caía 0,15%, para 106,538 pontos, após ceder 0,39% na véspera (106,694 pontos). O euro era negociado a US$ 1,0365, ante US$ 1,0370 da tarde de ontem em Nova York. A libra estava em US$ 1,1917, após US$ 1,1865. O dólar valia 139,89 ienes, ante 140,16 ienes na tarde de ontem em Nova York.
Retorno da T-note de 2 anos avançava a 4,479% (de 4,445%), o da T-note de 10 anos tinha alta a 3,801% (ante 3,774%) e o do T-bond de 30 anos subia a 3,903% (de 3,892%).
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