O cobre fechou em baixa nesta sexta-feira (18), pressionado por um dólar forte em comparação aos rivais e com baixas expectativas para o crescimento da China, principal comprador do metal. A alta da moeda americana pressiona a commodity, que é cotada em dólar.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro caiu 1.52%, a US$ 3,6320 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses caia 0,96% por volta de 15h06 (de Brasília), a US$ 8.040,00.
Hoje, um consultor do Banco do Povo da China (PboC, na sigla em inglês) recomendou que a meta de crescimento do país seja inferior a 5% para 2023, de acordo com a Reuters. A notícia vem em meio ao aumento de casos de covid-19 no país, que desafia a intenção de Pequim de reduzir definitivamente as restrições contra a doença. O crescimento mais baixo da China também foi apontado pela Fitch Ratings, que indica que, mesmo com as mudanças na política anti-covid, o peso da demanda energética do país junto à queda do mercado imobiliário resultará em um crescimento de um dígito baixo para 2022.
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Já segundo o ANZ, os metais básicos foram influenciados pelas preocupações da demanda. “O aumento do número de casos de covid-19 na China está aumentando as preocupações de que a demanda por metais como cobre e alumínio será impactada. Condições erráticas de negociação continuaram no mercado de níquel”.
Hoje o pregão foi marcado pelo sentimento de risco, de acordo com Sucden Financial, que influenciou em todos os metais, principalmente o cobre e o alumínio. Já para a TD Securities, o rali de cobertura distorceu os preços do cobre, que caem a medida que a atividade de compra perde força. “A ação do preço hoje ainda pode desencadear atividade de compra marginal, já que o impulso negativo não segue adiante, mas continuamos a alertar que os riscos de posicionamento para seguidores sistemáticos de tendências permanecem extremamente distorcidos para o lado negativo”.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio subia 0,96%, a US$ 2.418,00; a do chumbo avançava 0,79%, a US$ 2.158,00; a do níquel subia 0,86%, a US$ 25.670,00; a do estanho ganhava 0,84%, a US$ 22.690,00; e a do zinco tinha alta de 0,50%, a US$ 3.023,00.