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Bolsas da Europa operam sem direção única à espera de Lagarde

Danske Bank acredita que a Europa pode enfrentar uma recessão de "mergulho duplo", quando a economia contrai duas vezes com um período breve de recuperação entre as quedas

Bolsas da Europa operam sem direção única à espera de Lagarde
Fachada da antiga Bolsa de Valores de Paris 09/03/2022 REUTERS/Sarah Meyssonnier
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  • Às 07h15 (de Brasília), o índice FTSE 100, de Londres, avançava 0,03%, enquanto o DAX baixava 0,02% em Frankfurt e o parisiense CAC 40 subia 0,12%. Em Milão, o FTSE MIB tinha queda de 0,12, o madrilenho IBEX 35 cedia 0,36% e o PSI 20, de Lisboa, caía 1,04%.
  • "A flexibilização das restrições pandêmicas (na China) e os temores da recessão global continuam a direcionar os mercados", avalia o Danske Bank, em relatório.

As bolsas europeias operam sem tanto fôlego nesta quinta-feira, mesmo após vários dias seguidos de perdas nesta semana. Investidores seguem apreensivos antes das próximas decisões monetárias do Federal Reserve (Fed), Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que saem semana que vem, e na possibilidade de uma recessão da economia global em 2023. Na agenda, o foco fica em discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde, que nesta manhã participa da Sexta Conferência Anual do Conselho Europeu de Risco Sistêmico (ESRB, na sigla em inglês).

Às 07h15 (de Brasília), o índice FTSE 100, de Londres, avançava 0,03%, enquanto o DAX baixava 0,02% em Frankfurt e o parisiense CAC 40 subia 0,12%. Em Milão, o FTSE MIB tinha queda de 0,12, o madrilenho IBEX 35 cedia 0,36% e o PSI 20, de Lisboa, caía 1,04%.

“A flexibilização das restrições pandêmicas (na China) e os temores da recessão global continuam a direcionar os mercados”, avalia o Danske Bank, em relatório. A entidade acredita que a Europa pode enfrentar no futuro próximo uma recessão de “mergulho duplo”, quando a economia contrai duas vezes com um período breve de recuperação entre as quedas. “Tempos difíceis estão por vir, especialmente para a economia da Alemanha”, conclui.

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Neste contexto, o aperto monetário do BCE entra em foco e motiva ainda mais preocupações do mercado, já que os dirigentes da entidade não têm dado sinais de que vão pausar o aumento dos juros no momento. É esperado que, na semana que vem, o BCE aumente seus juros básicos em 50 pontos-base, após duas altas seguidas de 75 pontos-base. Para o ING, no entanto, uma nova alta mais agressiva se tornou mais possível nas últimas semanas.

“Pensamos que o risco de uma alta de 75 pontos-base na reunião do BCE da próxima semana aumentou claramente”, alerta o banco holandês, após citar falas recentes agressivas de dirigentes como Isabel Schnabel e Philip Lane, ambos membros do Conselho do BCE. Com isso, o mercado ficará atento para as considerações de hoje da presidente Christine Lagarde.

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