O dólar, como também o euro e a libra, operaram em baixa principalmente ante o iene hoje, em sessão marcada pela decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).
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O índice DXY recuou 0,72%, aos 103,965 pontos. Ao fim da tarde, o dólar caía a 131,79 ienes, o euro avançava a US$ 1,0625 e a libra tinha alta a US$ 1,2173.
Na madrugada de hoje, o BoJ manteve as taxas de juros, como esperado, mas surpreendeu ao anunciar uma mudança na condução do controle da curva de juros (YCC, na sigla em inglês). A surpresa fez o iene decolar em relação ao dólar, como em relação ao euro e à libra. Segundo análise do Ester Group, “como os mercados de câmbio primeiro precisam se ajustar a essa nova situação, esperamos maior volatilidade na taxa de câmbio do iene no curto prazo”. Nesse quadro, o dólar sofreu maior queda diária desde março de 2009 em relação ao iene, segundo a Dow Jones Market Data.
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A moeda americana, por sua vez, vem enfraquecendo desde novembro. Na visão do Ester Group, os sinais de um fim previsível para o aperto nas taxas de juros foram os causadores dessa perda de fôlego. “O mercado, portanto, ficou sem imaginação para a valorização muito alta do dólar”.
Já o euro segue beneficiado pelas expectativas de juros do Banco Central Europeu (BCE). Segundo a Convera, apesar de tanto o BCE quanto o Fed terem reduzido o ritmo da alta de juros e concedido entrevistas coletivas com perspectivas de novas altas, foi a presidente do BC europeu, Christine Lagarde, quem conseguiu influenciar expectativas do mercado em favor do banco central, o que ajudou a impulsionar o euro. Hoje, dirigentes do BCE voltaram a sinalizar com mais altas em 2023.
A libra esterlina, por sua vez, reage ao sentimento de risco global, “tomando uma direção negativa após uma coleção de aumentos de taxas e tons hawkish por vários bancos centrais”, analisa a Convera.
Já o rublo chegou a reduzir as perdas de ontem, mas seguiu em baixa em relação ao dólar com investidores de olho nas sanções feitas por países ocidentais para limitar as exportações de Moscou, uma forma de punir o país pela invasão à Ucrânia. No horário citado, o dólar avançava a 70,285 rublos.
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