Jean Paul Prates. (Foto: Agência Senado/ Roque de Sá
O presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta sexta-feira (30), via Twitter, que o senador Jean Paul Prates (PT-RN) é seu escolhido para o cargo de presidente da Petrobras. Advogado e economista, o parlamentar tem quase 30 anos no setor de petróleo e gás, e foi consultor antes de seguir a carreira política. Pouco antes da publicação do petista, o próprio Jean Paul Prates disse que seria indicado ao comando da estatal.
“Gostaria de anunciar a indicação do Jean Paul Prates para a presidência da Petrobras. Advogado, economista e um especialista no setor de energia, para conduzir a empresa para um grande futuro”, escreveu Lula no Twitter.
Como mostrou o Broadcast ainda em 31 de outubro, a missão de comandar a estatal tirou Prates da disputa eleitoral deste ano. Entre os objetivos do senador à frente da Petrobras está levar a companhia a uma posição de liderança na transição energética, a exemplo de outras grandes petroleiras globais.
Um dos protagonistas do marco regulatório da geração de energia eólica offshore, ele pretende inserir a empresa no segmento e voltar a investir na modernização do parque de refino da estatal, visando a produção de energia verde.
O futuro presidente da Petrobras também é autor de outros marcos legais envolvendo a transição energética, como a lei do hidrogênio e a lei que regula a captura e o armazenamento de carbono – CO2. Também atuou como relator do Marco Legal das Ferrovias, das novas leis sobre a produção de biogás em aterros sanitários e a lei de mobilidade urbana sustentável.
Prates é formado em Direito pela UERJ e Economia pela PUC/RJ e tem mestrado em Planejamento Energético e Gestão Ambiental pela Universidade da Pennsylvania (EUA) e Economia de Petróleo e Motores pelo Instituto Francês do Petróleo. Ele chegou a integrar a assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro) no final da década de 80 e participou da elaboração da Lei do Petróleo em 1997.
O senador teria sido especulado para o cargo de ministro de Minas e Energia, mas preferiu ficar com a presidência da estatal por considerar o ministério amplo demais. A pasta será comandada pelo também senador Alexandre Silveira (PSD-MG).