As ações da Petrobras (PETR4) registraram queda acentuada de 5,71% às 13h41 desta segunda-feira (02), cotadas a R$ 23,10.
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O Ibovespa também opera negativamente nesta tarde. Às 13h44, o principal índice da B3 recuava 3,07%, aos 106.370,22 pontos.
A queda brusca nos papéis da estatal ocorre um dia após a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. No primeiro dia do seu terceiro mandato, o chefe de estado assinou documentos que revogavam possíveis privatizações de oito estatais, incluindo a Petrobras.
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Para presidir a empresa, Lula escolheu o senador Jean Paul Prates (PT-RN). Apesar da experiência no setor energético, Prates é visto com desconfiança pelo mercado com possíveis mudanças na atual política de preços de paridade internacional (PPI) e a volta dos investimentos em refino e biocombustíveis. Para saber mais sobe como a escolha do novo presidente da Petrobras é vista pelo setor financeiro, clique aqui.
Sobre a estatal
A Petrobras é uma empresa estatal de capital aberto, ou seja, com economia mista. A companhia foi fundada em 1953 e seu maior acionista é o governo brasileiro. Apesar das interferências políticas nos últimos anos, um relatório da gestora global Janus Henderson mostra que a Petrobras lidera a remuneração de proventos aos investidores.
A petroleira tem um conselho de administração cujos membros são eleitos pelos acionistas. A União federal é dona de mais da metade das ações da companhia, sendo assim o governo brasileiro o acionista majoritário da empresa.
O governo tem então a responsabilidade de indicar a maior parte dos conselheiros — que, por sua vez, têm a prerrogativa de escolher quem será o presidente da Petrobras e os sete diretores executivos da companhia. Esses profissionais definem a política de preços dos combustíveis e seus possíveis reajustes.
Vale a pena investir na Petrobras apesar do risco político?