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CAF: Bancos podem ajudar governos em equilíbrio entre economia e área social

Para instituição, bancos públicos multilaterais e nacionais estão bem posicionados para ajudarem os governos latino-americanos

CAF: Bancos podem ajudar governos em equilíbrio entre economia e área social
Fachada de unidade do Banco do Brasil localizada em São Paulo. Foto: Maria Clara Matos

Os bancos públicos multilaterais e nacionais estão bem posicionados para ajudarem os governos latino-americanos a encontrarem um equilíbrio de agenda social com a agenda econômica, passando pelo equilíbrio fiscal e a modernização. A avaliação foi feita pelo vice-presidente para o setor privado do CAF, o banco de desenvolvimento para América Latina, Jorge Arbache, que considera o trabalho como “um grande desafio”.

“Essas instituições têm uma oportunidade bastante especial porque estão muito bem posicionadas para combinar operações de crédito, de garantias, venda de conhecimento e de articulação para atrair o setor privado”, considerou. Esse equilíbrio, de acordo com o vice-presidente do CAF, será um grande desafio para o Brasil e também para a região. Ele salientou que o discurso de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a agenda de distribuição de renda e que a construção de políticas públicas com espaços econômicos muito desiguais é sempre um grande desafio para a região.

“Onde há muita desigualdade, é difícil desenhar políticas públicas. O que é bom para um grupo não é para outro. É difícil encontrar uma agenda de interesse comum porque as demandas e as necessidades são muito diferentes, não apenas entre as pessoas mas entre as empresas”, pontuou.

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Em sua primeira entrevista após indicado por Lula como ministro da Fazenda, Fernando Haddad foi questionado pelo Broadcast sobre sua visão para a atuação dos bancos públicos. Apesar de ter dito que Caixa e Banco do Brasil são importantes instrumentos de crédito para o País, a avaliação é a de que o mercado mudou muito nos últimos 20 anos, com a entrada de novas empresas.

Mercado verde – Arbache também salientou que a guerra no leste europeu junto com a agenda do continente para redução de emissão de carbono é um “presente para o Brasil”. “O CAF está entrando de cabeça com muita ênfase na agenda de power shoring”, disse. Segundo ele, com o aumento dos preços da energia e as incertezas de oferta, já há impacto no setor fabril, que fechou portas ou diminuiu a produção em alguns setores.

“Esse cenário favorece um país que tem condições de fornecer energia segura e verde e relativamente barata”, apontou. Para o vice-presidente do CAF, esta será, sem dúvida, a agenda que pautará as discussões entre o Brasil e a União Europeia nos próximos anos.

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