A Petrobras vai reduzir o pagamento de dividendos neste ano em comparação com os US$ 38 bilhões pagos em 2022 e deve rever a política de distribuição de 60% do fluxo de caixa livre da empresa, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (03) pelo UBS. A incerteza é em relação a quando essas mudanças serão feitas e se os dividendos do quarto trimestre de 2022 estão em risco, avalia o banco de investimento.
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Para os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcello, que assinam o relatório, o senador Jean Paul Prates deve assumir a liderança da Petrobras antes do prazo de até 60 dias se houver renúncia do atual presidente, Caio Paes de Andrade. “[Jean Paul Prates] pode assumir o cargo antes que um novo Conselho completo seja eleito, no entanto, Prates teria influência limitada dada a manutenção da atual diretoria e restante da administração. Paralelamente, o governo procurará convocar uma nova assembleia para eleger uma nova direção”, aponta o relatório.
Segundo o documento, há riscos de que os dividendos do quarto trimestre de 2022 sejam revistos por um novo conselho alinhado com o governo petista, dado o período de 45 até 60 dias que é necessário para a eleição de uma nova assembleia.
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Para o UBS, uma possível revisão sobre a política de paridade de preços dos combustíveis levará mais tempo para ser realizada, pois é necessário uma mudança na gestão da companhia. O banco recomenda a venda das ações da Petrobras e mantém o preço-alvo em R$ 22,00 para as ações preferenciais da estatal, o que representa uma expectativa de desvalorização de 4% dos papéis ante o último fechamento.