- Sobre BB Seguridade, BofA argumenta que crescimento dos lucros das seguradoras é menos dependente de condições macroeconômicas
- A escolha pelos papéis da B3 decorre do menor impacto causado pela taxa de juros básica da economia
- Cielo se sustenta em previsão de aumento do lucro líquido, crescimento do volume de pagamentos e custos mais baixos
O Bank of America (BofA) declarou preferência por BB Seguridade (BBSE3), Cielo (CIEL3) e B3 (B3SA3) entre as instituições financeiras negociadas na Bolsa de Valores. No documento, os analistas Mário Pierry, Antonio Ruette, Flávio Yoshida e Ernesto Gabilondo afirmam que os três papéis mostram o quão seletivo e defensivo está sendo o banco diante de “incertezas no cenário macro e de taxas de juros”.
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O BB Seguridade ganhou destaque na análise do BofA pela análise de que o crescimento dos lucros das seguradoras é menos dependente de melhores condições macroeconômicas e taxas de juros baixas – o que não é o caso de outras empresas financeiras não-bancárias.
Além disso, a expansão dos bancos públicos com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode beneficiar o BB Seguridade. A nova equipe econômica do presidente da República tem defendido o uso de estatais para impulsionar a atividade econômica, de acordo com as experiências anteriores do PT.
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A expectativa do BofA é de um crescimento de 22% nos lucros em 2023 para o BB Seguridade (R$ 7,2 bilhões), seguindo a expansão de 50% vista em 2022 (R$ 5,9 bilhões). Para a Caixa Seguridade (CXSE3), a perspectiva é de crescimento no lucro de 20% em 2023 (R$ 3,3 bilhões), após crescimento de 43% em 2022 (R$ 2,7 bilhões).
A escolha pelos papéis da B3 decorre do menor impacto causado pela taxa de juros básica da economia – hoje em 13,75% ao ano –, já que a Bolsa é menos dependente de negociação de ações no varejo e mais de 20% das receitas têm origem em mercados não relacionados a negócios. O banco projeta crescimento dos lucros de 7% para a B3 em 2023 , após contração de 3% em 2022, devido ao volume médio diário negociado, receitas de ações e despesas operacionais controladas.
No caso da Cielo, a previsão aposta em lucro líquido de R$ 2 bilhões em 2023 (crescimento de 36%), sustentado por fatores como crescimento sólido do volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) e expansão do dividend yield (rendimento do dividendo) impulsionado por custos de transação mais baixos (taxa de intercâmbio limitada pelo Banco Central).
