- O Ibraci está pedindo compensação aos acionistas, consumidores e investidores da Americanas por danos morais e materiais
- Segundo o instituto, a Americanas agiu de má-fé e de forma ilegal
O Instituto Brasieiro de Cidadania (Ibraci) entrou na Justiça contra a Americanas (AMER3) e pede a compensação por danos morais individuais e indenização por danos materiais individuais de consumidores, investidores e acionistas. O processo foi protocolado na 5ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, sob o nº 0803407-70.2023.8.19.0001.
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Caso o pedido seja aceito, todos os consumidores, investidores e acionistas poderão ingressar na ação para que, na fase de execução, possam comprovar os danos sofridos e serem ressarcidos. O juiz também poderá determinar a publicação de edital, antes da sentença, no qual os prejudicados serão chamados para anexar provas no processo.
“Muito embora oscilações de preços sejam naturais e esperadas, sendo o mercado de Bolsa volátil e de risco, o que se verifica no caso da AMER3 é o derretimento do preço por práticas ilegais de contabilidade, ausência de transparência, de boa-fé e de governança corporativa. As práticas danosas, representam atos ilícitos realizados por seus agentes e pela empresa e induziram os investidores a superavaliar os papéis ocasionando prejuízos a eles”, disse a Ibraci, na petição.
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“A Ré (Americanas) manipulou fatos e danos, ao menos embelezou os seus balanços, e violou todas as regras de governança existentes em nosso ordenamento jurídico”, completaram.
O escândalo
A Americanas comunicou, via fato relevante, que encontrou “inconsistências contábeis” em seus balanços, na noite de quarta-feira (11). O rombo financeiro nas contas da varejista é estimado em R$ 40 bilhões, conforme revelado na última sexta-feira.
Na quinta-feira (12), primeiro dia de abertura do mercado após a notícia de rombo fiscal, as ações da Americanas caíram 77%, (AMER3). Na máxima de sexta-feira (13), porém, os ativos acumularam uma valorização de 58,8%, aos R$ 4,32.
Leia também: Quem é PwC, a auditoria que aprovou as contas da Americanas.