A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2022, de 2,4% a 2,8%. Já para 2023, a estimativa foi mantida: crescimento de 1,0%. As informações estão no relatório mensal do cartel, divulgado na manhã de terça-feira (17).
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De acordo com a instituição, durante a maior parte de 2022, a atividade econômica do Brasil surpreendeu positivamente, apoiada em parte por medidas fiscais pré-eleitorais e preços mais altos das commodities.
Já em 2023, a Opep destaca que o Brasil deve enfrentar ambientes desafiadores, portanto, terá “apenas um crescimento superficial”. Entre os motivos citados pelo cartel estão: situação fiscal restritiva e menos espaço para estímulos fiscais; forte aperto monetário e altas taxas de juros; inflação elevada; uma retração dos preços das commodities; e uma desaceleração global geral.
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“As políticas econômicas do novo governo precisarão ser revisadas cuidadosamente. É possível que o novo governo busque estimular a economia fiscalmente, mas como a dívida pública líquida quase dobrou nos últimos 10 anos, de pouco mais de 30% para quase 60% do PIB, o espaço fiscal parece limitado”, destaca.
Dessa forma, de acordo com o cartel, a atual situação monetária e fiscal está sob controle, mas dada a desaceleração global e os muitos outros desafios que a economia enfrentará em 2023 e além, “os desenvolvimentos fiscais precisarão ser monitorados de perto”.