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Comportamento

Número de mulheres com certificação CFP avança em 2022

Os dados são de um levantamento elaborado pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar)

Número de mulheres com certificação CFP avança em 2022
(Foto: Envato Elements)
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  • O número de profissionais com a certificação CFP (Certified Financial Planner) no Brasil chegou a 8.630 em 2022, um avanço de 16,8% em relação a dezembro de 2021 (7.384)
  • A maioria (50%) tem entre 30 e 39 anos, seguidos pela faixa etária entre 40 e 49 anos (29%)
  • Há também o dado de que a maioria dos CFPs são homens (65%) e de São Paulo (57%)

O número de profissionais com a certificação CFP (Certified Financial Planner) no Brasil chegou a 8.630 em 2022, um avanço de 16,8% em relação a dezembro de 2021 (7.384). Houve ainda um aumento de mulheres inscritas e de profissionais certificados que atuam com o investidor de varejo. Os dados constam em levantamento elaborado pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar) a pedido do Broadcast Investimentos.

“O mercado financeiro que atende pessoas e famílias vem se qualificando mais rapidamente, pois as pessoas físicas com dinheiro para investir estão com mais oportunidade de conhecimento. É um cliente mais crítico, que entende melhor e exige mais”, avalia Osvaldo Cervi, vice-presidente do Conselho de Administração da Planejar. Ele acrescenta que, na outra ponta, as empresas também estão em busca dos profissionais mais qualificados.

O levantamento da Planejar também traz um recorte sobre os profissionais brasileiros com certificação CFP. A maioria (50%) tem entre 30 e 39 anos, seguidos pela faixa etária entre 40 e 49 anos (29%). Há também o dado de que a maioria dos CFPs são homens (65%) e de São Paulo (57%).

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Cervi diz que a proporção de um terço de mulheres CFPs para dois terços de homens é histórica na base de dados da Planejar, mas houve uma mudança clara nos últimos anos: as inscrições femininas cresceram para 40% do total.

“O que vemos é que as mulheres têm uma reprovação maior que os homens”, diz o executivo. Para ele, uma possível justificativa seria que as mulheres ainda acumulam afazeres domésticos e outras responsabilidades sozinhas. “Elas não conseguem ter tempo para se preparar do mesmo modo que os homens”, afirma. “Mas o dado importante é que há mais mulheres buscando certificação”.

Maior interesse no varejo

Conforme o levantamento da Planejar, as principais áreas de atuação dos CFPs são em alta renda (24%), private banking (20%), varejo (15%) e assessoria de investimentos (11%).

Mas um dado que chama a atenção é que, no comparativo com 2019, houve aumento na atuação no varejo (de 8% para 15%) e nas assessorias (de 9% para 11%), enquanto se observa redução em áreas como private banking (de 30% para 20%), consultoria (5% para 4%) e family office (de 5% para 3%).

“O private banking sente mais os movimentos de alta de demanda, crescimento econômico e investimentos estrangeiros. Como a gente teve acomodação desse movimento nos últimos anos, naturalmente o private se estagnou, não está demandando mais gente para atender”, avalia Cervi. Ele diz que, por outro lado, o cliente de varejo começou a ser visto como premium e passou a ser mais disputado.

Queda nas inscrições

Após um pico de inscrições para o exame CFP em dezembro de 2021 (3.915, com 15% de aprovação), os números foram diminuindo no decorrer de 2022. No exame de maio foram 3.384 inscritos (10% aprovados), no de agosto 2.675 inscritos (15% aprovados) e no de dezembro 2.587 inscritos (16% aprovados).

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Assim, embora 2022 tenha apresentado um crescimento de CFPs, ele veio em meio a uma desaceleração. O motivo? A remodelação do exame aplicada pela Planejar.

“Estamos aprimorando o processo do exame. Se estou tendo uma demanda maior, respondo ao mercado aumentando o nível de qualidade da prova. Essa é nossa preocupação”, justifica Cervi. “Precisamos ter certeza que o profissional com CFP é diferenciado”, acrescenta.

A mudança no exame aparece de duas formas. A primeira é o aumento no tempo mínimo de experiência profissional, de três para cinco anos. E Cervi lembra que, a partir do momento em que a pessoa é aprovada, ela pode se certificar em até três anos, ou seja, é preciso ter pelo menos dois anos de experiência para fazer a prova; aprovado, aguarda-se três anos para ter a certificação.

A segunda mudança foi uma alteração completa das questões utilizadas na prova. Assim, a Fundação Carlos Chagas, que já era responsável pela execução do exame, foi contratada pela Planejar para o desenvolvimento de 420 novas questões. Se há três provas por ano, com 140 questões cada, as três provas de 2022 tiveram questões totalmente inéditas. Normalmente, empresas que trabalham com aplicações de exames colocam 10% ou 15% de questões novas por exame, segundo Cervi.

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“Quando foram fazer o primeiro exame do ano passado, os candidatos perceberam uma dificuldade muito maior do que estavam acostumados. A gente tinha uma aprovação média de 21% que caiu para 10%”, afirma o vice-presidente do Conselho de Administração da Planejar.

Cervi diz que pessoas pouco experientes faziam cursos preparatórios com as questões de bancos de dados antigos, então a remodelação do exame pegou todos de surpresa. “Queremos que a pessoa realmente se prepare”, destaca o executivo, acrescentando que a Planejar pretende seguir com as mudanças também pelo objetivo de digitalizar o processo.

Para 2023 e 2024, a busca pelo digital

A meta da Planejar é oferecer exames digitais até 2024, por meio de laboratórios de universidades parceiras em diversas localidades e datas, o que poderia ‘interiorizar’ a certificação a profissionais que hoje não têm acesso ao CFP, segundo Cervi. Atualmente a prova é aplicada apenas três vezes ao ano e em sete capitais brasileiras.

“A democratização do exame exige que a gente vá para o digital. E para ir para o digital, precisamos ter um banco de questões mais robusto, pois a ideia é realizar o exame dezenas de vezes ao ano. As questões serão mais perecíveis”, observa Cervi.

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