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Comportamento

Como confiar em um influencer de investimentos? Confira as dicas

O influenciador digital Gustavo Cerbasi faz recomendações de como não cair em ciladas

Como confiar em um influencer de investimentos? Confira as dicas
Influencers de finanças tornam conteúdo acessível, mas é preciso cautela ao selecionar informações confiáveis | Foto: Envato Elements
O que este conteúdo fez por você?
  • Os influencers de finanças já somam 94,1 milhões de seguidores e fazem, em média, 31,3 mil posts por mês
  • A expectativa é que o número de influenciadores cresça ainda mais nos próximos anos
  • Este fenômeno, porém, deve ser observado de perto, já que alguns influencers não têm certificação para atuar com investimentos

Para o influenciador digital de finanças Gustavo Cerbasi, falar de educação financeira no Brasil virou moda. Dadis do relatório “FInfluence – Quem fala de investimentos nas redes sociais”, produzido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), mostram que os influencers de finanças já somam 94,1 milhões de seguidores e fazem, em média, 31,3 mil posts por mês. Os dados da pesquisa são de junho deste ano.

Segundo a educadora financeira CFP da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), Eliane Habib, a expectativa é que o número de influenciadores cresça ainda mais nos próximos anos. “Há um interesse popular muito grande sobre investimentos e os influencers democratizam isso. Eles tornam acessível um conteúdo que antes era muito associado à elite”, afirma.

Ela pontua, porém, que este fenômeno deve ser observado de perto, já que alguns influencers não têm certificação para atuar com recomendações de investimentos, mas acabam direcionando os seguidores para certos produtos financeiros ou até mesmo compra de cursos e conteúdos duvidosos. Além disso, chovem relatos nas redes de usuários seduzidos por promessas mirabolantes de enriquecimento rápido e que acabam perdendo dinheiro.

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“Se existisse caminho fácil, todos já tinham descoberto. É impossível você fazer um curso e passar a ganhar R$ 200 mil da noite para o dia, isso certamente é mentiroso ou ilegal”, reforça a planejadora financeira. Para Habib, o primeiro passo para medir a confiabilidade do influenciador é analisar seu currículo e verificar as certificações.

Cerbasi, influencer financeiro que acumula 1,5 milhão de seguidores no Instagram e sócio da plataforma de planejamento financeiro SuperRico, destaca que muitas pessoas que ganharam influência nas redes sociais não são, de fato, profissionais da área. Ele reforça que, para atuar nesse nicho, é preciso ter experiência.

Influenciadores que não têm uma longa jornada no mundo das finanças devem ter ao seu lado uma equipe multidisciplinar, capaz de compreender como os investimentos reagem em momentos imprevisíveis, em períodos eleitorais e de crise, por exemplo. “O mercado se movimenta de maneira técnica, mas também de maneira emocional. Entender esse comportamento é essencial”, diz.

Confira abaixo quatro dicas separadas pelo E-Investidor para confirmar se o influencer financeiro que você segue é, de fato, confiável.

Como posso confiar no influencer financeiro?

A primeira coisa é se atentar à rentabilidade do negócio prometido pelo influenciador.

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1- Investimentos que rendem muito mais do que o oferecido no mercado são raros. Ou seja, antes de investir o dinheiro é importante verificar se a empresa é certificada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Se não há registro, é possível que você esteja entrando em um esquema de pirâmide.

Outro ponto importante: pesquise sobre a carreira do influencer. Caso ele não seja credenciado por nenhuma instituição financeira ou não tenha vínculo com empresas de investimento certificadas para atuar no mercado, é melhor tomar cuidado.

2- Não confie em jogadores de futebol, músicos ou atores famosos que estão te induzindo a investir. Se a pessoa não é certificada e está recomendando diretamente um produto financeiro, ela está cometendo um crime e pode ser punida com detenção de seis meses a dois anos e multa, segundo a Lei 6.385/76.

ela está cometendo um crime.

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3 – Além disso, o influenciador que assume uma postura comercial e divulga muitas parcerias e produtos publicitários nas redes sociais também deve ser visto com cautela. Ele pode indicar produtos financeiros que beneficiem diretamente a marca que o contratou, ao invés de fazer análises imparciais e profissionalmente éticas. Nesse caso, a dica é buscar uma segunda opinião antes de entrar no investimento.

4- A quarta recomendação é estudar o mercado financeiro. Não dependa unicamente das sugestões dos influenciadores que você segue ou da plataforma de investimentos que você contratou. Antes de tudo, estude um pouco sobre este universo. “Quem se serve apenas das redes sociais para adquirir conhecimento vai adquirir um conhecimento fracionado, não verdadeiro, que não traz qualidade ao mundo de investimentos”, afirma Cerbasi.

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