- Desde meados de 2022, quando o Ethereum concluiu o The Merge, investidores vem se questionando se criptomoeda poderia ultrapassar o Bitcoin
- Mas, segundo Luísa Pires, da Levante, e Alexandre Ludolf, da QR Asset, o BTC ainda deve continuar como a criptomoeda de maior valor de mercado
Desde meados de 2022, quando o ethereum concluiu o The Merge, a tão esperada transição na dinâmica de emissão dos ETHs, surgiram entre investidores dúvidas se a criptomoeda poderia ultrapassar o bitcoin para se tornar o maior ativo em valor desse mercado.
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O tema foi discutido nesta quinta-feira (2) por Luísa Pires, head de criptoativos da Levante, e Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR Asset Management, no painel “O Que Esperar em Cripto para 2023” do Smart Summit 2023.
Para os especialistas, por mais que as mudanças na rede do ethereum sejam relevantes e significativas, podem não ser suficientes para fazer a cripto tomar o posto do bitcoin. “É uma discussão de utilidade. Hoje, supostamente, o ETH tem muito mais utilidade que o BTC, mas não dá para ter certeza que isso fará com que ele seja maior”, afirma Ludolf, da QR Asset.
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Em sua visão, existe um movimento na rede do bitcoin para permitir um avanço na escalabilidade da cripto. Mas há ainda um outro fator: “No fundo, o BTC continua com um potencial muito grande como alternativa ao sistema financeiro tradicional”, diz. Coisa que não acontece com ethereum.
Luísa Pires, da Levante, concorda e destaca ainda que, em momentos de crise nos mercados, como as quedas vistas em 2022 ou escândalos como o da FTX, investidores ainda enxergam o BTC como uma alternativa mais segura entre as criptomoedas.
“Quando aconteceu toda essa questão do FTX, por exemplo, vimos uma solidez muito maior na rede do BTC, cuja estrutura é muito mais resiliente do que do ETH. Quando alguém vai correr para valor – assim como no mercado tradicional as pessoas correm para o ouro – elas vão para o bitcoin.”