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Treasuries: retornos sobem, após reagirem a dados dos EUA

Os bônus foram favorecidos por um leilão do Tesouro americano abaixo da média

Treasuries: retornos sobem, após reagirem a dados dos EUA
Foto: Envato Elements

Os retornos dos Treasuries subiram hoje, após oscilarem em uma sessão marcada pela volatilidade, sendo que a inversão da curva entre os rendimentos de 2 e 10 anos se aprofundou e alcançou o maior nível em 40 anos. Enquanto o mercado ajusta expectativas de alta de juros do Federal Reserve (Fed) nos próximos meses, os bônus foram favorecidos por um leilão do Tesouro americano abaixo da média, depois de serem pressionados por dados de auxílio-desemprego dos EUA.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,500%, o da T-note de 10 anos avançava a 3,673%, e do T-bond de 30 anos tinha alta a 3,743%.

Pela manhã, os juros dos Treasuries se enfraqueceram, após os dados de auxílio-desemprego dos EUA, que tiveram alta para 196 mil, acima da previsão de 190 mil – o que pode sinalizar um mercado de trabalho menos apertado, e, consequentemente, um BC americano menos agressivo. Para a Oxford Economics, embora os dados mostrem uma recuperação modesta, o aumento é moderado e os pedidos continuam a sinalizar um mercado de trabalho apertado.

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Mais tarde, os rendimentos ganharam força, sendo que os da ponta longa viraram para cima, após leilão de US$ 21 bilhões em títulos de três décadas do Tesouro americano. Segundo o BMO Capital Markets, a operação teve demanda abaixo da média.

As expectativas pela alta de juros do BC americano continuam no radar. A inversão da curva dos juros de Treasuries de 2 e 10 anos se aprofundou e alcançou maior amplitude em mais de quatro décadas. Historicamente, o fenômeno é interpretado no mercado como uma sinalização de recessão à frente. “O novo extremo do investimento na curva de rendimento do Tesouro sugere que uma desaceleração generalizada está chegando. À medida que a inflação diminui na Europa e nos EUA, os riscos permanecem elevados de que os bancos centrais ainda precisem aplicar mais aperto do que o que os mercados estão precificando”, analisa Edward Moya, da Oanda.

“Pode levar anos, e não meses, até que a inflação seja devidamente controlada, disse Niall O’Sullivan, diretor de investimentos de estratégias de ativos múltiplos da Neuberger Berman. “A inflação vai ser mais difícil de domar desta vez. Os bancos centrais terão que estar nisso por muito mais tempo do que muitas pessoas acreditam”, completou.

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