O cobre fechou em queda nesta sexta-feira (24), após o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos reforçar expectativas de maior aperto monetário do Federal Reserve (Fed) e de um “pouso forçado” na economia. Os dados fortaleceram ativos de segurança como o dólar, o que também pressionou as negociações da commodity.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para março caiu 2,64%, a US$ 3,9520 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses caia 1,86% por volta de 15 horas (de Brasília), a US$ 8.706,00. Na semana, o metal teve queda de 3,81% e 3,30%, respectivamente.
O aumento na probabilidade de um Fed mais restritivo forma um cenário complexo, em momento no qual falta impulso de demanda na China, e pesa sobre os metais industriais, analisa o TD Securities. Para o banco de investimentos, o cobre ainda pode ter certo apoio nas negociações, considerando os problemas rondando a cadeia de oferta.
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Já a Capital Economics projeta que, na próxima semana, relatórios do índice de gerentes de compras (PMI, em inglês) da China confirmem uma recuperação na demanda doméstica. “Contudo, suspeitamos que a maior parte da reabertura chinesa já foi precificada, então os dados sozinhos podem não ser suficientes para dar fôlego aos preços das commodities, especialmente se revelarem fraqueza na demanda externa”, alerta a consultoria.
Em relatório a clientes, o Commerzbank destaca o anúncio da LME sobre retomar negociações do níquel durante pregão da Ásia, com o objetivo de aumentar a liquidez do mercado. Os negócios foram restringidos apenas para horários da Europa no ano passado, quando um aumento repentino nos preços forçou a suspensão. Segundo o banco, as negociações em horário asiático devem ser retomadas pela LME no dia 20 de março. ´
Além disso, o abandono de metas produtivas pelo maior produtor de níquel da Rússia, alegando problemas com suprimentos de equipamentos técnicos, levantou preocupações sobre a oferta do metal, nota o Commerzbank. No relatório, o banco observa que a Rússia é uma fornecedora importante de níquel de classe 1, o que pode ter impacto notável sobre preços do metal na LME.
“Dito isso, o preço robusto do níquel provavelmente já precifica esses riscos, indicando que aumentos potenciais podem ser limitados. Esperamos que o preço suba durante o ano seguindo a tendência de outros metais básicos, em meio à demanda renovada da China”, projeta o Commerzbank.
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Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio recuou 1,84%, a US$ 2.345,50; a do chumbo subiu 1,32%, a US$ 2.079,00; a do níquel cedia 3,86%, a US$ 24.300,00; a do estanho tinha queda de 2,22%, a US$ 25.600,00; e a do zinco tinha baixa de 2,27%, a US$ 2.964,00.