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15 ações que mais se valorizaram na pandemia e as que mais perderam

Ranking do Trademap mostra papéis com altas de 300%, caso da Unipar, e com baixas de 90%, como a Americanas

15 ações que mais se valorizaram na pandemia e as que mais perderam
(Foto: Divulgação/PRIO)
  • Considerando as datas de 21 de fevereiro de 2022 e 23 de fevereiro de 2023, o Trademap verificou quais foram as ações que tiveram o melhor e o pior desempenho durante esses três anos
  • O levantamento considerou apenas as ações com volume financeiro superior a R$ 5 milhões com rentabilidade superior a 80% no período

Se em um primeiro momento a Covid-19 provocou pânico no mercado, a queda vertiginosa da Bolsa nas primeiras semanas da pandemia criou oportunidades de recuperação de papeis nos quase três anos que se seguiram a partir dali. Depois do dia 23 de março de 2020, quando o Ibovespa atingiu o piso desde que a doença se alastrou pelo Ocidente, ao menos 15 ações apresentaram valorização de mais de 200% até o pregão desta quarta-feira (22). As informações constam em um levantamento do Trademap das ações que tiveram os melhores e o piores desempenhos durante a pandemia.

Os dados mostram que há, inclusive, um caso de valorização de 1.482%, o da PetroRio (PRIO3), cuja ação num primeiro momento, de 21 de fevereiro de 2020 a 23 de março do mesmo ano, recuou 75%. A partir de 23 de março de 2020, no entanto, os papeis da companhia de exploração de petróleo subiram até atingir a impressionante marca. O levantamento considerou apenas as ações com volume financeiro superior a R$ 5 milhões e rentabilidade – ou perda – superior a 80% de 21 de fevereiro de 2020 até o fim do pregão de ontem.

O período de 21 de fevereiro e 23 de março de 2020 compreendeu o pior momento para a Bolsa durante os três anos de pandemia da Covid-19. No início do intervalo, o Ibovespa registrava 113.681,42 pontos, enquanto no final, nove dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) caracterizar a doença como uma pandemia, o índice já havia tombado para os 66.954,72 pontos. Ao todo, desde 21 de fevereiro de 2020 até a última quarta-feira, o Ibovespa acumula uma queda de 5,74%, segundo o Trademap, sendo que o cenário atual só não está pior porque a partir de 23 de março de 2020 a Bolsa registrou uma recuperação de 68%.

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Além da PetroRio, destaque para as altas de ações de empresas da indústria pesada, commodities e máquinas e equipamentos. Por outro lado, entre as maiores quedas verificadas desde o início da pandemia, papéis ligados ao varejo, ao turismo e à construção de moradias se sobressaem.

Ações que mais subiram

A ação que registrou o melhor desempenho desde o início da pandemia foi a Unipar (UNIP6), com valorização de 305%. Durante o primeiro mês, quando houve a maior queda do Ibovespa, o papel teve desvalorização de 45%. Porém, de 23 de março de 2020 até 22 de fevereiro de 2023, o papel se valorizou 644%.

A Petrorio ON (PRIO3) tem o segundo melhor desempenho durante a pandemia até o pregão de ontem, com valorização de 291%. O papel registrou queda de 75% num primeiro momento, mas teve recuperação de 1.482% desde 23 de março de 2020.  As ações da Ferbasa PN (FESA4) ocupam a terceira colocação no ranking, com valorização de 238% nos últimos três anos.

A lista ainda conta com Taurus Armas (TASA4), com valorização de 211% desde o início da pandemia, Kepler Weber (KEPL3, +202%), SLC Agrícola (SLCE3, +167%), Bradespar (BRAP4, +161%), Lupatech (LUPA3, +143%), Vale (VALE3, +134%), Eternit (ETER3, +124%), Gerdau (GGBR4, +91%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, +89%), Petrobras ON (PETR3, +89%), Petrobras PN (PETR4, +85%) e Celulose Irani (RANI3, +81%).

Ações que mais caíram

O pior desempenho desde o início da pandemia ficou com as ações da Americanas (AMER3), que se desvalorizaram 98,43% desde 21 de fevereiro de 2020. A grande queda nos papéis da varejista, porém, não ocorreram durante as fases mais agudas da doença, mas após a descoberta do escândalo contábil na empresa, no dia 11 de janeiro de 2023. O papel caiu 37,69% durante o pico da pandemia – 21 de fevereiro de 2020 e 23 de março de 2020 – , mas desde então o ativo derreteu 97%.

O segundo pior desempenho foi apresentado pela IRB Brasil (IRBR3), com recuo de 97,43%. Durante o pior momento da pandemia para o mercado a queda foi de 78%. No entanto, a empresa também registrou uma piora significativa após o 23 de março de 2020, caindo 88% até a última quarta-feira. A IRB Brasil também sofreu com problemas contábeis e chegou a teve seus ativos retirados da carteira do Ibovespa por conta do baixo valor.

Atrás de IRB Brasil no ranking dos piores desempenhos da Bolsa desde o início da pandemia de Covid-19 aparece outra varejista, a Marisa (AMAR3), cujas ações apresentaram queda de 94% em três anos até 22 de fevereiro de 2023. A queda nas ações teve seu pico após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciar que estava investigando movimentações suspeitas de compras de ações por parte de Marcelo Goldfarb, um dos acionistas controladores da empresa.

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O ranking das maiores perdas desde a pandemia ainda conta com C&A (CEAB3, -88%), Light (LIGT3, -88%), Tenda (TEND3, -88%), Gafisa (GFSA3, -87%), Via (VIIA3, -87%), CVC (CVCB3, -87%), Azul (AZUL4, -86%), Guararapes (GUAR3, -85%), Yduqs (YDUQ3, -85%), Qualicorp (QUAL3, -85%), Gol (GOLL4, -83%), Grupo SBF (SBFG3, -83%) e Oi (OIBR3, -82%).

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