O cobre fechou em alta nesta segunda-feira (27), com investidores de olho em problemas nas minas do Peru e do Panamá, aumentando risco de gargalos, e expectativa de crescimento na demanda chinesa e dos Estados Unidos, este último devido ao Inflation Reduction Act (IRA, ou Lei de Redução da Inflação). A legislação americana deve financiar bilhões de dólares em subsídios fiscais destinados a combater alterações climáticas, o que pode aumentar a demanda por cobre já que o metal é utilizado em infraestruturas e tecnologias de energia renovável.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para março subiu 1,44%, a US$ 4,0090 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses tinha alta de 1,29% por volta de 15 horas (de Brasília), a US$ 8.818,00.
Na análise do TD Securites, o cobre se sobressaiu nas negociações em comparação a outros metais básicos, com gargalos de fornecimento no Peru e Panamá contribuindo para um deslocamento nos indicadores de demanda futura. “Mas um arrefecimento nos bloqueios de estradas no Peru pode ser favorável a uma reprecificação mais baixa”, avalia o banco de investimentos. Para o TD, alumínio, zinco e chumbo também se beneficiaram nesta sessão, recebendo suporte devido a riscos de fornecimento associados aos problemas de energia chineses.
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Ainda no radar dos investidores, mineradoras globais estão fechando acordos que visam o déficit de oferta do cobre, confiantes de que o IRA deve aumentar a demanda do metal e estimando que atualmente não estão produzindo o suficiente de cobre, níquel e outras commodities vitais para transição energética. O Grupo BHP está perto de concluir sua maior aquisição desde 2011, oferecendo mais de US$ 6 bilhões pela mineradora de cobre e ouro OZ Minerals. Há alguns meses, a Rio Tinto também comprou os papéis de acionistas minoritários da Turquoise Hill Resources, listada no Canadá, em um acordo de US$ 3,1 bilhões para obter mais exposição a um gigantesco depósito de cobre na Mongólia.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio avançava 1,26%, a US$ 2.371,50; a do chumbo subiu 1,20%, a US$ 2.107,00; a do níquel tinha alta de 4,60%, a US$ 25.450,00; a do estanho tinha queda de 1,22%, a US$ 25.460,00; e a do zinco tinha alta de 0,87%, a US$ 2.992,50.
*Com informações da Dow Jones Newswires