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- A semana vai chegando ao fim ainda com um clima de maior aversão ao risco predominando no exterior
- Mais da metade dos investidores passou a apostar em uma nova alta de 0,50 ponto percentual nas fed funds
A divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro pauta o mercado nacional nesta sexta-feira (10). A definição do novo arcabouço fiscal, embora ainda incerta, e as indicações para duas diretorias do Banco Central (BC), perto da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), são componentes adicionais para a formação da curva futura de juros hoje, assim como a implicação na precificação dos demais ativos de risco –nossa curva a termo, por exemplo, já reflete uma probabilidade implícita de 40% de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros Selic em maio.
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A semana vai chegando ao fim ainda com um clima de maior aversão ao risco predominando no exterior. Hoje, esse movimento pode ser atribuído em larga medida às expectativas relacionadas aos dados do mercado de trabalho norte-americano, a serem conhecidos com a leitura do relatório oficial dos dados de emprego (payroll), ainda pela manhã.
As projeções já sugerem um ritmo pujante nas contrações, mas uma surpresa pode elevar ainda mais a “necessidade” de juros para conter o consumo e a inflação galopantes. De fato, ainda não há consenso firme sobre qual será o movimento do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) no próximo dia 22, mas é válido notar que mais da metade dos investidores passou a apostar em uma nova alta de 0,50 ponto porcentual nas Fed Funds (a taxa básica de juros do país).
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Como reflexo dessas expectativas, o dólar sobe frente a maiorias das divisas nesta sexta-feira, enquanto os índices futuros de Nova York e as principais Bolsas da Europa recuam. Em paralelo, os contratos futuros do petróleo operam no campo negativo pelo quarto dia consecutivo, enquanto o minério de ferro teve leve alta de 0,1%, aos US$ 130,7/tonelada.
Agenda econômica
Brasil: O IPCA de fevereiro (9h) e o índice de confiança industrial (10h) são os destaques locais. Para o dado de inflação, a mediana das estimativas aponta para uma alta de 0,78%, ante 0,53% em janeiro. Entre os eventos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reúne-se com ministros (9h) e participa de cerimônias públicas (15h), enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concederá entrevista em uma rádio (19h).
EUA: As atenções se voltam integralmente para os dados de emprego (payroll) agora pela manhã (10h30), sendo esperados pelo menos 220 mil novos postos de trabalho em fevereiro. Após esse dado, teremos a publicação do relatório Baker Hughes sobre os poços de petróleo em operação no país (12h) e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, testemunha na Câmara (11h)
Europa: Na Alemanha, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) ficou em 8,7% em fevereiro, repetindo a variação de janeiro, segundo a Destatis, enquanto na comparação mensal, o indicador subiu 0,8% em fevereiro. Esses resultados confirmaram estimativas preliminares da Destatis e vieram em linha com as expectativas de mercado.
Fora do bloco do euro, no Reino Unido, a produção industrial caiu 0,3% em janeiro ante dezembro, segundo dados oficiais, um resultado em linha com as expectativas. Na comparação anual, a produção industrial britânica sofreu contração de 4,3% em janeiro.
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