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Juros: treasuries e petróleo pesam, com queda forte das taxas futuras

Os temores sobre uma crise no sistema financeiro voltaram a pesar sobre os ativos

Juros: treasuries e petróleo pesam, com queda forte das taxas futuras
Foto: Envato Elements

O mercado de juros esteve por mais uma sessão a reboque do ambiente externo, que se sobrepôs no período da tarde para colocar as taxas em queda junto com os yields dos Treasuries e o novo recuo dos preços do petróleo. Os temores sobre uma crise no sistema financeiro, com novos problemas nos EUA, voltaram a pesar sobre os ativos, às vésperas de decisões de política monetária tanto lá quanto aqui.

Internamente, a expectativa pela apresentação do arcabouço fiscal cresceu nesta sexta-feira em que a proposta foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No acumulado da semana, houve perda de prêmio em todos os contratos, mais acentuada nos vértices intermediários, justamente os que refletem a perspectiva para o novo ciclo de política monetária. O mercado ampliou a probabilidade de que comece em maio, com a curva apontando 40% chance de queda de 0,25 ponto porcentual na atual Selic de 13,75%.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 encerrou em 12,97%, de 13,035% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 12,182% para 12,075%. O DI para janeiro de 2027 fechou com taxa de 12,485%, de 12,593% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2029, em 12,940%, de 13,033%.

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Após percorrerem a manhã oscilando ao redor dos ajustes, sem direção firme, os juros engrenaram movimento de queda na jornada vespertina, na medida em que crescia o temor de que as questões de liquidez que ainda estão, por ora restrita, a poucas instituições se espalhe pelo sistema bancário.

A controladora do falido SVB, a SVB Financial, entrou com pedido de recuperação judicial após a quebra do banco, na semana passada. Ainda, o acesso à linha de empréstimos da chamada janela de redesconto disparou a US$ 152,9 bilhões, recorde histórico e que supera o pico de US$ 111 bilhões registrado durante a crise financeira de 2008.

Como o risco de um “credit crunch” pressionaria os bancos centrais a adotarem uma postura mais dovish, a curva dos Treasuries afundou, principalmente o juro da T-Notes de 2 anos, que chegou a rodar abaixo de 3,80% nas mínimas do dia. O da T-Note de dez anos também caiu de forma expressiva, abaixo de 3,40% no fim da tarde.

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