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- Os investidores brasileiros têm procurado alternativas no exterior para diversificar a carteira e reduzir o risco diante de incertezas macroeconômicas no Brasil
- Segundo levantamento realizado pelo sistema de análises financeiras Comdinheiro/Nelogica, a migração de recursos via fundos de investimentos cresceu 292% nos últimos cinco anos
- Somente entre 2021 e 2022, o salto foi de 150%, indo de R$ 138,7 bilhões para R$ 347,2 bilhões em um ano
Os investidores brasileiros têm procurado alternativas no exterior para diversificar a carteira e reduzir o risco diante de incertezas macroeconômicas no Brasil. Segundo levantamento realizado pelo sistema de análises financeiras Comdinheiro/Nelogica, a migração de recursos via fundos de investimentos cresceu 292% nos últimos cinco anos.
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Os valores direcionados para fora do País passaram de R$ 89,4 bilhões, em 2018, para R$ 350,9 bilhões, em 2023, considerando a data de 30 de janeiro. Somente entre 2021 e 2022, o salto foi de 150%, indo de R$ 138,7 bilhões para R$ 347,2 bilhões em um ano.
O estudo abrange todos os fundos brasileiros e leva em consideração dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), entre outras fontes do mercado financeiro.
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Para Filipe Ferreira, diretor da Nelogica responsável por Comdinheiro, a pandemia de Covid-19 acelerou o processo. “Ao longo dos últimos anos, frente a cenários instáveis e incertos, o investidor começou a entender que era preciso algum tipo de diversificação fora do Brasil para diluir riscos”, destaca.
Antes, o investidor brasileiro preferia aplicar apenas no mercado doméstico, aderindo pouco ao direcionamento de recursos para ativos fora do país, de acordo com o executivo. Esse comportamento é descrito pelo mercado como home bias (viés doméstico).
Apesar de natural, a prática se mostra contrária às teorias financeiras de diversificação e redução de riscos. “Juros baixos no Brasil e uma crise sem precedentes, porém, reduziram esse viés e se passou a buscar mais segurança em aplicações vinculadas a dólar e nos Estados Unidos, como é comum no mundo inteiro”, explica Ferreira.
Segundo levantamento da XP realizado com mais de 10 mil clientes, sete em cada dez pessoas com aplicações no exterior querem aumentar sua exposição a investimentos internacionais em 2023, como é possível conferir nesta matéria.
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Além da diversificação na carteira e da maior segurança, quem investe lá fora também busca se proteger de variações cambiais, conforme indicado pelo estudo da corretora.
Mesmo com a crise desencadeada pela falência do Silicon Valley Bank (SVB) nos Estados Unidos, especialistas recomendam que quem já possui posições no exterior mantenha essa aplicação deve mantê-las. O mercado acredita que se trata de uma volatilidade de curto prazo e projeta um cenário mais otimista, confiante nas medidas tomadas pelo Federal Reserve (Fed). Mais detalhes sobre o tema podem ser conferidos nesta reportagem.