O dólar avançou ante outras moedas fortes em geral, com o quadro no setor bancário ainda em foco, mas sem novas turbulências nesta quarta-feira. Investidores monitoraram declarações de dirigentes de importantes bancos centrais, entre eles o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 132,82 ienes, o euro caía a US$ 1,0842 e a libra tinha baixa a US$ 1,2315. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou ganho de 0,21%, a 102,640 pontos.
O iene caiu no dia em que o presidentes do BoJ, Haruhiko Kuroda, disse que o Japão se aproxima de atingir de forma sustentável a meta de inflação de 2% do banco, conforme as pressões salariais aumentam. O BoJ também reafirmou a importância de manter uma política monetária mais relaxada, para apoiar a economia do país. Segund o BBH, o BoJ “parece que manterá sua política no futuro previsível”.
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O banco de investimentos também comenta, em relatório a clientes, que dirigentes do BCE continuam a sinalizar altas pela frente nos juros. Hoje, o economista-chefe do banco central, Philip Lane, disse que, se a turbulência financeira tiver pouco efeito na economia, os juros terão de subir. Já Peter Kazimir, dirigente do BCE, defendeu que as altas nos juros continuem, mas ponderou que as turbulências poderiam levar a um movimento mais lento nesse aperto, além de destacar a importância do núcleo da inflação para as próximas decisões. Ainda na Europa, o Banco da Inglaterra (BoE) afirmou em relatório que as instituições financeiras do Reino Unido não têm exposição significativa à turbulência bancária. O ministro das Finanças local, Jeremy Hunt, reafirmou compromisso em não comprometer a estabilidade financeira.
Já nos EUA, o vice-presidente de Supervisão do Fed, Michael Barr, falou pelo segundo dia no Congresso, hoje na Câmara dos Representantes. Sobre a política monetária, o dirigente ressaltou que serão avaliados os indicadores, a cada reunião, para as próximas decisões. Barr ainda defendeu que se fortaleçam regras de liquidez e capital, para bancos com US$ 100 bilhões ou mais em ativos, e explicou que está sendo feita uma reavaliação da conduta dos reguladores, no episódio da quebra do Silicon Valley Bank (SVB). De qualquer modo, a reação dos bancos ao quadro atual pode levar a uma redução em geral no crédito nos EUA, advertiu.