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O GetNinjas (NINJ3), aplicativo que conecta clientes a prestadores de serviços, registrou prejuízo líquido de R$ 700 mil no 4º trimestre de 2022. O resultado representa uma melhora de 89% em relação à cifra também negativa de R$ 10,4 milhões reportada em igual intervalo de 2021.
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O Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 7,1 milhões entre outubro e dezembro de 2022, 32% acima dos R$ 10,4 milhões negativos no quarto trimestre do ano anterior. No release de resultados, a empresa destaca que os investimentos em marketing foram reduzidos em 43% no quarto trimestre de 2022 ante igual período de 2021, de R$ 12,2 milhões para R$ 6,9 milhões. “Já vínhamos comunicando ao mercado o esforço de reduzir os gastos e otimizar a operação”, afirma o CEO da empresa, Eduardo L’Hotellier, em entrevista ao Broadcast.
No entanto, os gastos menores com marketing pesaram na receita. A receita líquida caiu 12% na comparação anual, para R$ 13,5 milhões. Por outro lado, L’Hotellier explica que as otimizações, que incluem melhorias no aplicativo, ampliaram a margem.
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No quarto trimestre de 2022, os clientes realizaram 1 milhão de solicitações de serviços, redução de 22% ano contra ano. Contudo, a receita por pedido subiu de R$ 12,03 para R$ 13,69, avanço de 14%. As despesas gerais e administrativas de R$ 14,8 milhões voltaram ao patamar do quarto trimestre de 2021, que foi de R$ 14,6 milhões, aumento de 5%.
Em meio às preocupações com juros e crédito, L’Hotellier aponta que a empresa possui dívida líquida negativa, fechando 2022 com R$ 270 milhões em caixa. O CEO explica que, nesse ponto, os juros altos jogam a favor da companhia, que conta com aplicações financeiras que são beneficiadas mais por taxas maiores. Mas L’Hotellier reconhece que os juros elevados pressionam o preço das ações. “Afeta nosso valuation, porque a maior parte do fluxo de caixa positivo está no futuro”, explica. O papel do GetNinjas era negociado perto de R$ 2,30 nesta quarta-feira.
Na oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), realizada em maio de 2021, a ação foi precificada a R$ 20. Como impacto negativo para a companhia, ele cita também que os juros e inflação reduzem o consumo, levando os usuários da plataforma a contratar menos serviços. Ainda assim, apesar de projetar que 2023 ainda seja um ano difícil, L’Hotellier vê a empresa bem preparada. “Estamos super líquidos e preparados para um ambiente econômico mais adverso”, afirma.
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