Os juros futuros fecharam com viés de alta nos contratos de curto prazo e médio prazos e em baixa na ponta longa, configurando uma desinclinação para a curva. O desenho foi determinado principalmente pelo exterior, com dados mais fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos reforçando a percepção de pausa no aperto monetário no país. Os yields dos Treasuries recuaram e as taxas longas na B3 foram junto. Internamente, com o noticiário e a agenda escassos, o mercado manteve o foco nas discussões em torno do arcabouço fiscal que será enviado ao Congresso na próxima semana.
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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 13,25%, de 13,20% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 passou de 11,97% para 12,01%. O DI para janeiro de 2027 também fechou com taxa de 12,01%, de 12,05% ontem no ajuste. E a taxa do DI para janeiro de 2029 caiu de 12,47% para 12,42%.
A sessão não teve destaques, com o mercado buscando alguma referência no exterior, o que deve ser a tônica da semana encurtada pelo feriado da Páscoa. As taxas até chegaram a ensaiar alta pela manhã, mas o sinal não se sustentou ante a virada dos retornos dos Treasuries para baixo na esteira de dados econômicos piores do que o esperado nos Estados Unidos, sobretudo o relatório Jolts. O documento mostrou abertura de 9,931 milhões de postos de trabalho em fevereiro, ante 10,563 milhões em janeiro.
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O economista Rafael Rondinelli, do Banco Modal, destaca que é a primeira vez que a geração mensal de vagas fica abaixo de 10 milhões desde 2021, em mais um sinal de arrefecimento da atividade. “Em teoria, os dados são uma proxy do que poderá ser o payroll na sexta-feira. O mercado de trabalho é uma das principais fontes de preocupação do Federal Reserve”, disse. Antes do payroll na sexta (7), saem amanhã os números da ADP, sobre o mercado de trabalho no setor privado.
Somada ainda a percepção de fraqueza do mercado de crédito, a aposta de manutenção do juro no encontro do Fed em maio voltou a ser majoritária. Os rendimentos dos Treasuries engataram queda firme, com a taxa da T-Note de dez anos em 3,348% – perto do piso em seis meses – no fim da tarde e a da T-Note de 2 anos na casa de 3,84%.
Para Rondinelli, o alívio trazido pela apresentação do arcabouço fiscal continuou contribuindo para o fechamento da ponta longa, enquanto o mercado aguarda a evolução dos trâmites do texto no Congresso. Embora haja desconfiança sobre as receitas, os agentes valorizam o fato de a equipe econômica ter conseguido convencer o governo a elaborar um plano que tenha limite de aumento para os gastos. “Ainda que não seja um cenário benéfico, há um norte de que não haverá descontrole fiscal e de que o governo vai perseguir resultados positivos. Isso reduz a incerteza”, disse.
De acordo com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o texto deverá chegar à Câmara até terça-feira (11).
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Na gestão da dívida pública, o Tesouro trouxe um lote menor de NTN-B no leilão desta terça-feira, com 1,2 milhão de títulos e risco para o mercado (DV01) de US$ 447 mil, ante 1,8 milhão na semana passada (risco de US$ 789 mil). A instituição vendeu quase tudo, 1,144 milhão. Só não foi integralmente aceita a oferta de 150 mil NTN-B para 2050 – foram colocadas 94 mil.