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Ibovespa ganha força com Petrobras (PETR4) e fecha abril no azul

Na semana que vem, o foco se concentrará na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom)

Ibovespa ganha força com Petrobras (PETR4) e fecha abril no azul
Foto: Werther Santana/Estadão

O Ibovespa retomou a linha dos 104 mil pontos neste último fechamento de abril, impulsionado na sessão por ganho em torno de 2% para Petrobras (ON +2,30%, PN +1,85%). Em dia positivo para o Brent e o WTI, as ações da estatal encerraram o mês acumulando alta de 11,36% (ON) e de 13,02% (PN), superando o desempenho de outros papéis de primeira linha e de grande liquidez na B3. O principal índice da Bolsa obteve leve ganho de 2,50% em abril, que interrompe sequência de perdas em março (-2,91%) e fevereiro (-7,49%), após abertura de ano positiva (+3,37% em janeiro).

Assim, no ano, o Ibovespa ainda cede 4,83% no combinado dos quatro primeiros meses. Hoje, o índice tocou mínima do dia a 102.448,52 e encerrou em alta de 1,47%, aos 104.431,63 pontos, na máxima da sessão, em avanço de pouco mais de 1.500 pontos em relação à abertura, aos 102.922,70. O giro financeiro foi a R$ 25,1 bilhões, antes do feriado de segunda-feira, quando não haverá negócios na B3. Na semana, o Ibovespa zerou perda e obteve leve avanço de 0,06% no intervalo, após retração de 1,80% e salto de 5,41% nas duas semanas anteriores.

Na ponta do Ibovespa nesta sexta-feira, destaque para Gol (+9,03%), BRF (+8,93%) e Hapvida (+7,81%), com Eletrobras (PNB -1,14%), Locaweb (-1,13%) e Sabesp (-0,65%) no lado oposto. O dia foi de ganhos moderados mas bem distribuídos pelas ações de maior liquidez e peso no Ibovespa, com Vale em alta de 0,89% e os grandes bancos mostrando avanço entre 0,33% (BB ON) e 1,31% (Bradesco ON) na sessão.

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Divulgado pela manhã, o IBC-Br de fevereiro, tanto na margem (+3,32%) como na comparação com o mesmo mês do ano passado (+2,76%), trouxe bom desempenho, em sinalização favorável para o PIB do primeiro trimestre, de que as leituras mensais do índice de atividade são consideradas como indicadores antecedentes, observa Piter Carvalho, economista-chefe da Valor Investimentos. “Traz algum otimismo para os economistas que pensam que o crescimento do PIB deste ano pode ficar acima de 1%. Não é um ano fácil, mas o agro parece estar indo de vento em popa, e o setor de serviços permanece aquecido, gerando empregos”, acrescenta.

Nesta última semana de abril, o desempenho do Ibovespa ficou aquém do observado nas referências de Nova York, onde os ganhos semanais ficaram entre 0,86% (Dow Jones) e 1,28% (Nasdaq), em período que antecede a deliberação dos Federal Reserve sobre a taxa de juros dos Estados Unidos, na próxima quarta-feira. “Deve vir mesmo um aumento de 25 pontos-base”, aponta Dennis Esteves, sócio e especialista em renda variável da Blue3 Investimentos, após parte do mercado ter aventado a possibilidade de uma pausa nas elevações nesta reunião.

“O susto seria um aumento maior, de meio ponto, caso os mais recentes dados econômicos superassem as expectativas. Mas os dados, nos Estados Unidos e na Europa, têm vindo dentro ou abaixo da expectativa, mostrando economias mais fracas. Na semana, os bons resultados trimestrais apresentados pelas grandes empresas de tecnologia americanas foram o contraponto à decepção com os números da economia, como o PIB do primeiro trimestre nos Estados Unidos”, diz.

Em dólar, após ter chegado ao final do primeiro trimestre de 2023 aos 20.100,65 pontos, com a moeda americana em baixa de 2,99% em março frente ao real, o Ibovespa conclui abril perto dos 21 mil, aos 20.939,09 pontos, com recuo de 1,60% para o dólar ante a moeda brasileira no mês, na casa de R$ 4,98 no fechamento desta sexta-feira. Em fevereiro, o índice em dólar estava em 20.082,66 pontos, tendo encerrado janeiro aos 22.343,36 pontos e dezembro de 2022 aos 20.783,06.

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A expectativa de queda para as ações no curtíssimo prazo saltou para mais de 30% no Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, 33% disseram que a próxima semana deve ser de baixa para o Ibovespa, o dobro da fatia de 16,67% na pesquisa anterior. A percepção de alta, no entanto, manteve-se majoritária em 50,00%. Os que esperam estabilidade são 16,67%, de 33,33% no último Termômetro.

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