A transmissora de energia Isa Cteep (TRPL4) teve lucro líquido regulatório de R$ 306 milhões no primeiro trimestre de 2023, alta de 171,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o lucro liquido IFRS somou R$ 755,2 milhões, alta de 36,5%, na mesma base de comparação.
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De janeiro a março, a receita líquida da empresa ficou em R$ 891,6 milhões, avanço de 24,6%, explicado pelo reajuste da Receita Anual Permitida (RAP), para o ciclo tarifário 2022/2023, e pela recomposição parcial da receita de Rede Básica do Serviço Existente (RBSE), após o reperfilamento do componente financeiro, além da entrada em operação dos projetos greenfield Três Lagoas, Biguaçu e Itaúnas – e, também, pela energização de 78 projetos de Reforços e Melhorias ocorrida entre o segundo trimestre de 2022 até o final do primeiro trimestre de 2023.
O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) alcançou R$ 739 milhões, crescimento de 38,9%. A margem Ebitda foi de 82,9%, aumento anual de 8,5 pontos porcentuais (p.p.).
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Ao final de março, a dívida líquida totalizou R$ 7,264 bilhões, alta de 3,5% no mesmo intervalo, enquanto os custos gerenciáveis com Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outras Despesas (PMSO) aumentou 9,7%. De acordo com executivos da companhia, essa elevação é decorrente do crescimento da empresa com novos projetos de transmissão que adicionam receitas.
“Tivemos eficiência no PMSO. Ele cresce, mas em comparação com a RAP, melhorou”, disse a diretora Financeira da empresa, Carisa Cristal.
Leilão
Diante da proximidade do próximo leilão de transmissão, que acontece no dia 30 de junho, a Isa Cteep tem trabalhado em sua estratégia para participar do certame e terá apoio de sua controladora, a colombiana Isa para buscar novos ativos. Segundo o diretor-presidente da empresa, Rui Chammas, no momento a companhia está montando os cases de negócios para os lotes aos quais pretende concorrer, buscando sinergia com ativos que a empresa já possui.
Em relação aos efeitos que o cenário macroeconômico pode provocar no leilão, Chammas comentou que, mesmo num cenário de juro mais alto, a tendência é que as principais empresas do setor continuem competitivas pelos ativos.
“Transmissão de energia é infraestrutura básica, onde os investimentos têm que acontecer antes, e estamos num momento em que negócios de infraestrutura têm potencial de crescimento. Vamos tentar participar disso”, disse o executivo ao comentar que a situação momentânea da economia não muda a visão de longo prazo dos investimentos.
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