O petróleo fechou em queda, enfraquecido diante de incertezas sobre a demanda da commodity, após aumento inesperado dos estoques nos Estados Unidos e por temores de recessão na maior economia do mundo.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em queda de 1,56% (-US$ 1,15), a US$ 72,56 por barril, enquanto o Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 1,33% (-US$ 1,03), a US$ 76,41 por barril.
O enfraquecimento do dólar no exterior na esteira da divulgação da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA ajudou o petróleo a reduzir perdas, contudo, não o bastante para impulsionar os preços da commodity ao território positivo. Os contratos mais líquidos encerraram o pregão devolvendo parte dos ganhos obtidos nas últimas três sessões.
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Para a Capital Economics, as preocupações persistentes com a demanda devem limitar ganhos do petróleo por enquanto. A consultoria observa que, mesmo com a alta nas últimas sessões, o WTI e o Brent ainda estão em nível inferior ao de duas semanas atrás e devem permanecer assim nas próximas semanas. “Afinal, projetamos que a economia dos Estados Unidos deve escorregar para uma recessão nos próximos meses”, avaliou a Capital.
A queda do petróleo reflete que esses “temores sobre uma recessão da economia americana ainda não foram precificados nos mercados de energia”, analisa o TD Securities. No entanto, o banco de investimentos projeta que o comprometimento dos Estados Unidos em reabastecer as Reservas Estratégicas Nacionais de Petróleo (SPR, na sigla em inglês) deve oferecer algum suporte para a commodity, apesar da cautela de investidores.
Hoje, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano mostrou um aumento inesperado nos estoques de petróleo, de 2,951 milhões de barris, a 462,584 milhões de barris, enquanto especialistas consultados pelo Wall Street Journal (WSJ) esperavam queda de 800 mil barris. O documento também revelou que foram retirados 2,924 milhões de barris das SPRs, em um movimento do governo dos EUA para cumprir a venda de 26 milhões de barris ao mercado, o que deve acontecer até 30 de junho, segundo um acordo fechado com o Congresso americano em 2015.
No noticiário, a petrolífera CVX.N da Chevron na Venezuela inicia no próximo mês uma nova fase para impulsionar a produção, com o objetivo de acelerar um plano para recuperar toda a dívida de US$ 3 bilhões do membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) até o final de 2025, disseram quatro pessoas próximas ao assunto à Reuters. Além disso, a Tourmaline Oil retomou suas operações no Canadá, após incêndios na província de Alberta terem prejudicado sua produção, segundo o Wall Street Journal.
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*Com informações da Dow Jones Newswires