- Na última quarta-feira (10), Giuliana Morrone publicou em suas redes sociais que foi vítima de um golpe de uma seguradora de carros por mais de uma década.
- Instituições como a Superintendência de Seguros Privados (Susep) oferecem plataformas de consulta para seguradoras e corretores. Especialistas também indicam atenção aos documentos e segurança da informação como formas de prevenção.
Na última quarta-feira (10), a jornalista Giuliana Morrone publicou relataou que foi vítima de um golpe de uma seguradora de carros por mais de uma década. A comunicadora disse que os responsáveis pela ação “resolviam pequenos incidentes, como bateria descarregada, pneu furado”, mas foram desmascarados quando uma prima de de Morrone precisou acionar o seguro para um acidente mais grave. Nos últimos anos, ela recebeu boletos falsos que simulavam o pagamento para uma seguradora contratada.
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Casos como esse podem despertar receios para quem busca segurança para qualquer incidente que possa ocorrer com seus bens, como veículos ou imóveis. Por isso, o E-Investidor foi em busca de algumas dicas que podem reduzir os riscos de cair em um golpe financeiro ao contratar uma seguradora. Confira a seguir:
Procure empresas com boa reputação
O mercado segurador possui grandes nomes. Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostram que cinco grandes empresas concentravam, em 2021, 33% do mercado de seguros no Brasil.
No entanto, isso não significa que empresas fora desse grupo não oferecem serviços de qualidade. Hoje, existem formas de averiguar qual é a reputação de um negócio de maneira prática, pela internet. “O ideal é fazer uma varredura na internet com o nome da empresa para verificar sua confiabilidade e reputação”, indica Claudia Lopes, diretora comercial e de marketing da seguradora italiana Generali.
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Plataformas como o Reclame Aqui reúnem avaliações e comentários sobre empresas de todos os segmentos. O portal permite que usuários vejam as reclamações e eventuais respostas publicadas pelas marcas — um bom caminho para começar a entender a reputação.
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Também existem formas de fazer uma pesquisa mais institucional. A Susep, responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro, permite aos cidadãos fazerem consultas pelo nome das entidades supervisionadas pelo órgão. Basta acessar este link para procurar.
Informe-se sobre o corretor
Ao buscar um corretor ou ser abordado por alguém, busque informações sobre aquele profissional. Segundo a legislação, “o exercício da profissão de corretor de seguros depende de prévia habilitação técnica e registro em entidade autorreguladora do mercado de corretagem ou na Superintendência de Seguros Privados (Susep), nos termos definidos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)”.
O Susep também oferece uma opção de consulta para corretores, sejam pessoas naturais ou pessoas físicas. A plataforma de pesquisa pode ser acessada por esta página. Além disso, o cidadão pode fazer consultas online em redes sociais dos profissionais, aponta Lopes.
Atenção aos documentos
Essa recomendação serve para todo tipo de relação comercial e deve ser aplicada ao firmar um contrato de seguro. Em seu “Guia de Orientação e Defesa do Consumidor”, a Susep recomenda que os interessados em um seguro sempre solicitem as condições gerais do seguro, documentos que devem ser disponibilizados antes mesmo da contratação do serviço.
A autarquia recomenda que os consumidores leiam atentamente a proposta, as condições gerais e o regulamento, em especial as cláusulas referentes às garantias e respectivas exclusões.
“Vale olhar quais são os riscos excluídos da apólice. Como são fatos que dificilmente acontecem, as pessoas dão pouca importância a isso, mas é bem relevante olhar se existe algum que seja significativo no contexto do consumidor”, aponta Daniel Monteiro, diretor de Seguros e Cartões do banco BV.
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O especialista exemplifica com os casos de pessoas que vivem em regiões de alagamento, que podem ter um bem afetado em decorrência desse fenômeno. Caso haja previsão de exclusão desse risco, a pessoa pode se prejudicar.
O Susep também disponibiliza uma plataforma para consulta de produtos. Por meio dele, é possível saber se o plano oferecido está registrado na instituição. Na página referente a esse tipo de consulta, são informadas as etapas para fazer o processo.
Além da proposta, a leitura do contrato também deve ser criteriosa. Qualquer cláusula que não esteja de acordo com o combinado deve ser questionada e o documento não deve ser assinado.
Garanta a sua apólice
A apólice é o documento que formaliza a aceitação da cobertura do seguro e deve ser emitida pela empresa contratada. “Ela garante, inclusive com data e hora, o período que você estará segurado”, aponta Lopes.
- Leia também: O que é a apólice de seguros
“É superimportante o segurado garantir que vai receber a apólice dele da seguradora. Nela, haverá a descrição do nome da corretora, mas ele recebe a apólice da seguradora”, explica Monteiro. O documento pode ser enviado por carta, e-mail ou acessado por meio do canal da empresa.
Atenção aos valores de prêmio e franquia
Os prêmios nada mais são que o valor pago por um segurado à empresa seguradora para ter direito ao serviço. Simplificando, o prêmio é a mensalidade paga pelo seguro.
A franquia, por outro lado, é a parte da indenização que fica em cargo do próprio segurado. Um exemplo: em um contrato de seguro que prevê uma franquia de R$ 3 mil para um automóvel, caso haja um dano de R$ 2 mil, o seguro não pagará a reforma. No entanto, caso esse dano seja de R$ 5 mil, o segurado precisa pagar apenas o valor da franquia, enquanto a seguradora se responsabiliza pelo resto. Nesta reportagem mostramos os tipos de franquias de seguro
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As franquias podem até mesmo ser isentas, mas isso acarreta em um aumento no custo do prêmio.
“As pessoas só focam no valor do prêmio, mas tem uma franquia atrás disso que é muito elevada”, aponta Monteiro. A escolha de uma opção com baixo prêmio em detrimento de uma franquia mais amena pode não compensar.
Segurança de informação
Lopes destaca ainda que os consumidores sempre devem ter cuidado com contatos feitos via ligações ou outros canais. “Desconfie de SMS enviados sem solicitação, principalmente se eles pedirem dados pessoais ou senhas. Não clique em links enviados por esse meio”, recomenda a especialista.
Além disso, a diretora comercial e de marketing da Generali destaca que os clientes nunca devem clicar em links que peçam atualizações de dados. Seja por SMS, e-mail ou WhatsApp, o ideal é sempre fazer as atualizações por meio de canais oficiais das seguradoras.
“Ao receber ligação em nome de uma seguradora, principalmente se a pessoa se apresentar como gerente ou responsável pela área de segurança ou prevenção a fraudes, desconfie. Você pode desligar e retornar em um canal oficial para verificar a veracidade”, diz Lopes.
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