Painel do Ibovespa. (Foto: Werther Santana/Estadão)
Os mercados locais devem ficar em compasso de espera pela votação da urgência do novo regime fiscal num dia de agenda externa fraca nesta quarta-feira (17). O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que recebeu ontem garantia do MDB de que a bancada do partido na Câmara estará em peso na votação a favor da urgência do arcabouço fiscal e que a legenda trabalhará para que outros partidos, inclusive de oposição, votem a favor da proposta apresentada no final de março pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que o arcabouço fiscal é uma “bala de bronze” do governo e tem papel fundamental para a redução da taxa de juros, o que pode ocorrer já a partir do segundo semestre deste ano.
As bolsas europeias operam mistas nesta manhã, enquanto os futuros de Nova York têm leves ganhos com investidores monitorando as negociações sobre a elevação do teto da dívida dos EUA, que ontem encerraram mais uma rodada sem acordo. Diante da indefinição, o presidente americano, Joe Biden, decidiu adiar viagem à Oceania. Biden classificou como “boa” e “produtiva” a reunião que teve com lideranças do Congresso sobre o teto de dívida na terça-feira.
Segundo ele, ainda há trabalho a ser feito para avançar nas negociações, mas as conversas entre as equipes vão continuar diariamente.
Agenda
A agenda desta quarta-feira (17) traz a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na abertura da I Conferência Anual do BC brasileiro (09h15). São divulgados os dados do varejo restrito e ampliado em março (09h). E a Câmara vota a urgência do projeto de lei do arcabouço fiscal, o que acelera a tramitação da pauta.