O dólar registrou baixa frente ao iene, ao euro e à libra. A moeda americana mostrou pouco fôlego, após ganhos recentes, com investidores monitorando o quadro político e militar na Rússia e também indicadores, como um dado fraco divulgado na Alemanha. A lira turca, enquanto isso, continuava a renovar mínimas históricas, com ceticismo sobre o quadro no país.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 143,53 ienes, o euro subia a US$ 1,0906 e a libra tinha alta a US$ 1,2714, esta praticamente estável. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou queda de 0,21%, a 102,692 pontos.
O DXY já exibia fraqueza no início do dia, com impulso limitado, após ganhos na semana anterior. Na agenda de indicadores, o euro chegou a ser pressionado, após a publicação do índice Ifo de confiança das empresas da Alemanha. O índice recuou a 88,5 para junho, abaixo da previsão dos analistas ouvidos pela FactSet, de 90,6. Para o Commerzbank, o dado abre caminho para revisões em baixa do PIB alemão, enquanto a Capital Economics viu sinal de contração econômica na Alemanha no segundo trimestre.
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O euro, porém, ainda reagiu, em alta modesta frente ao dólar. A Bannockburn via “impacto limitado” para o dólar do “drama da Rússia”, após o país ter um princípio de levante contra o presidente Vladimir Putin, aparentemente controlado com o recuo de tropas mercenárias. O governo russo e o próprio Putin afirmavam que os responsáveis responderiam judicialmente no caso. Para o ING, a “falta de clareza” de Putin sobre os próximos passos fizeram com que o impacto no câmbio tenha sido marginal. No horário citado, o dólar subia a 84,445 rublos, sem grande recuo da moeda russa.
Entre outras moedas em foco, a lira turca renovou mínimas históricas, com desconfiança sobre o quadro na Turquia, mesmo após o banco central, sob novo comando, ter elevado juros na semana passada. No horário mencionado, o dólar subia a 25,8623 liras. Além disso, a moeda dos EUA caía a 251,8788 pesos argentinos, após no fim de semana Sergio Massa, ministro da Economia, ter sido apontado candidato único da frente governista na eleição presidencial deste ano, que deve ter disputa difícil com a oposição, no contexto atual de crise econômica, inflação acima de 100% e quando o país tenta renegociar acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).