Avião da Azul, uma das principais companhias aéreas brasileiras. Foto: Fabio Motta/Estadão
A Azul Linhas Aéreas (AZUL4) anunciou nesta quarta-feira (28) que 86% dos detentores de bônus da empresa aceitaram a troca de títulos de dívida seniores com vencimentos em 2024 e 2026 para títulos de longo prazo com vencimento em 2029 e 2030, respectivamente.
De acordo com o portal Aero Magazine, os títulos com vencimento em 2024 e remuneração de 5,875% serão substituídos por títulos de dívida secundário, com juros de 11,500%; enquanto os títulos com vencimento em 2026 e remuneração de 7,250% serão trocados por notas com remuneração de 10,875%.
O plano da companhia pretende fortalecer a estrutura de capital da Azul e melhorar a geração de caixa, ainda que não haja garantias de que as condições para realização das ofertas serão satisfeitas, ou que as ofertas serão concretizadas.
A oferta feita no dia 12 de junho visa otimizar o cronograma de amortização de dívidas e a estrutura de capital da companhia. A primeira etapa da reestruturação foi alcançada em março, quando a transportadora selou um acordo com as empresas de arrendamento e fabricante de aeronaves.
As dívidas, com vencimento em 2024, representam 72,8% do valor total de principal do débito, valendo US$291,1 milhões – o que significa o valor de R$1,4 bilhões. Já as com vencimento em 2026 são 94,6% da participação na dívida, no valor de US$567,6 milhões, ou seja, R$2,7 bilhões.
As ações da empresa tiveram aumento de 1,96% hoje, fechando o pregão cotadas a R$21,35. A alta do dia teve valor de R$22,06 e a baixa foi de R$20,75.