O ouro subiu nesta sexta-feira (7), apoiado pela queda do dólar, após dados de emprego dos Estados Unidos reduzirem probabilidade de altas adicionais nas taxas do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) a partir de agosto, enquanto se firmam as expectativas por aumento de juros em outras economias avançadas como Japão e Reino Unido.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em alta de 0,89%, a US$ 1.932,5 por onça-troy.
A demanda por commodities subiu à medida que o dólar depreciou e as tornou mais baratas para investidores estrangeiros. A moeda americana já caia ante o iene quando a divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos, conhecido como payroll, fez as perdas ampliarem ainda mais. Ao mesmo tempo, o preço do ouro na Comex se valorizou.
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“Hoje é um dia de recuperação dos mercados, com menor aversão a risco”, disse o operador de renda variável da Manchester Investimentos, Guilherme Paulo, comentando que o dado do payroll mais fraco que o esperado beneficiou as commodities, entre outros mercados.
O dólar também é pressionado pelo fortalecimento de outras divisas importantes como o iene e a libra, observado depois que dados fortes de salário no Japão e falas hawkish do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) sugerirem um maior aperto monetário nos dois países.
A BannockBurn Global Forex comentou que o crescimento maior que o esperado dos salários japoneses encorajou a queda do dólar, e que o payroll testou sua força. Na Europa, a dirigente do BoE, Catherinne Mann falou que era necessário apertar mais a política monetária agora para evitar ter que “fazer demais” mais tarde, ao discursar na Reunião Anual de 2023 da Associação de Pesquisa de Bancos Centrais.