Por 15 anos, o jogador profissional de vôlei Roberto Cazzaniga acreditou que namorava à distância, sem nunca ter visto, a modelo brasileira Alessandra Ambrósio. Nesse período, ele transferiu ao “fake” cerca de 700 mil euros (R$ 3,7 milhões, na cotação atual).
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Entretanto, por trás do perfil falso, estavam duas mulheres: Valéria Satta e Manuela Passero. Esta última também é jogadora de vôlei e possivelmente próxima à vítima.
O caso veio à tona em novembro de 2021 e, na segunda-feira (10), o Ministério Público da Itália denunciou as acusadas pelo golpe financeiro. No total, teriam sido detectadas cerca de 1,4 mil transações feitas de Cazzaniga às supostas golpistas. Esses repasses incluiriam depósitos, recargas de cartões e transferências eletrônicas realizadas desde 2008.
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Para conseguir fazer com que o jogador enviasse o dinheiro, a “falsa Alessandra Ambrosio”, que utilizava o nome de “Maya” nas redes sociais, dizia sofrer de sérios problemas no coração. O perfil fake também fazia pedidos de itens ao atleta, que comprava os produtos.
“Catfishing”
Apesar de parecer uma história incomum, esse tipo de golpe financeiro não é raro e tem até nome: catfishing (quando uma pessoa cria um perfil falso para enganar usuários na internet). Muitas vezes, o objetivo do fake é financeiro, ou seja, fazer com que a vítima transfira valores ao estelionatário.
A principal dica é sempre tentar verificar a autenticidade do perfil e desconfiar de pedidos de dinheiro. E o golpe do catfishing não é a única armadilha financeira da internet. De acordo com dados da empresa de prevenção de fraudes e segurança digital CAF, com informações do Banco Central, o Brasil tem 2,8 mil tentativas de fraudes financeiras por minuto.