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Melhora na avaliação do Brasil por agência de risco atenua queda do Ibovespa

Decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) também está no radar

Melhora na avaliação do Brasil por agência de risco atenua queda do Ibovespa
Painel do Ibovespa. (Foto: Werther Santana/Estadão)

A decisão da Fitch de elevar o rating do Brasil limita queda do Ibovespa nesta quarta-feira (26). Os investidores se debruçam em uma série de resultados corporativos trimestrais do exterior e do Brasil, enquanto esperam a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), à tarde.

Mais cedo, a agência de classificação de risco Fitch anunciou que elevou o rating do País, de BB- a BB, com perspectiva estável. A mudança, explica, reflete “um desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado”, em meio a “choques sucessivos em anos recentes”, com políticas proativas e reformas que têm apoiado isso. O anúncio vem após a decisão da S&P, em junho.

“É uma notícia positiva, mostra que o Brasil é a ‘bola da vez’, que o governo – principalmente o Banco Central – estão atuando na direção correta, sobretudo na parte fiscal. É mais um passo que o Brasil dá”, avalia o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

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Para Matheus Pizzani, economista da CM Capital, a decisão da Fitch surpreende pelo timing, mas não por fundamentos. “Temos visto melhora das condições fiscais, não só de caráter macroeconômico, mas da parte estrutural”, avalia.

Segundo Pizzani, a elevação do rating pela agência só reforça que o cenário está mais favorável a corte da Selic. “É inegável melhora da inflação, mas o BC deve se manter parcimonioso, começar com uma queda de 0,25 ponto porcentual, ainda mantemos essa ideia”, diz o economista da CM Capital.

Lá fora, a grande espera é pelo Fed. Conforme Laatus, a cautela externa antes do Fed impede o Ibovespa de dar sequência ao rali recente. Ontem, mesmo depois de tocar os 123 mil pontos e recuar desta máxima, o índice terminou no maior nível de fechamento em quase dois anos. O Índice Bovespa saltou aos 122.007,77 pontos, em alta de 0,55%. “Pode não ter grandes movimentações, tende a dar uma perspectiva mais estável à Bolsa. O driver é à tarde”, diz Laatus.

Espera-se que o Fed eleve o juro em 0,25 ponto porcentual. Se isso acontecer, será a 11ª alta desde março de 2022. A grande dúvida é sobre a possibilidade de mais aumentos dos juros básicos americanos antes do fim do ano.

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À espera do Fed e em meio à falta de detalhamento de possíveis novos estímulos na China, as bolsas asiáticas fecharam em baixa, embora o minério de ferro tenha subido 1,76% em Dalian. As bolsas europeias e as Nova York também caem após balanços. Apesar do minério, as ações da Vale cediam 0,87% perto de 11 horas, depois do avanço na véspera. Petrobras PN, por sua vez, subia 0,26%, ainda que o petróleo cedia no exterior. A estatal divulga o relatório de produção e venda após o fechamento do mercado.

Por aqui, o Santander Brasil teve lucro líquido gerencial é de R$ 2,309 bi no segundo trimestre, baixa de 43,5% na comparação anual, ficando abaixo do esperado. As units do banco subiam 0,20%.

Às 11h01, o Ibovespa caía 0,19%, aos 121.781,84 pontos, após subia 0,18%, na máxima aos 122.224,57 pontos, e abertura aos 122.002,76 pontos.

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